Paulo Eccel comenta denúncia contra ele que foi aceita na Câmara de Vereadores
''Querem ganhar a prefeitura no tapetão'', afirmou o prefeito em entrevista ao jornal Município Dia a Dia
O prefeito de Brusque, Paulo Eccel, conversou por telefone com a reportagem do jornal Município Dia a Dia, e explicou seu posicionamento em relação à denuncia apresentada contra ele na sessão do Legislativo brusquense de quinta-feira, 6 de março.
O prefeito minimizou o teor da denúncia, e credita o fato, mais uma vez, a revanchismo dos vereadores oposicionistas. Ele alega que há uma tentativa, desde 2012, de forçar um terceiro turno do processo eleitoral. “Que disputem o voto e ganhem na urna, não queiram ganhar a prefeitura no tapetão”.
Ele cita ainda que seu processo está em grau de recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e destaca a vitória obtida pelo ex-prefeito de Joinville, Carlito Merss (PT), que recentemente foi absolvido em processo semelhante, no qual foram questionadas seus gastos com publicidade institucional.
Nesta quinta-feira, 13, termina o prazo para que comissão processante formada por André Rezini (PPS), Felipe Belotto (PT) e José Isaias Vechi (PT) avalie os documentos apresentados na denúncia de Max Teske. Após, eles encaminharão correspondência ao prefeito, para que ele se manifeste oficialmente.
Jornal Município Dia a Dia: Em relação aos fatos apontados na Câmara, na última sessão, em que foi aceita uma denúncia contra o senhor, qual a sua avaliação sobre essa situação?
Paulo Eccel: Isso é notícia requentada, que o pessoal vem batendo desde 2012, quando houve o processo eleitoral. Já teve denúncia para a Justiça Eleitoral, para o Tribunal de Contas e para a Justiça comum. Em todas as instâncias, estamos tendo êxito. E semana passada, coincidentemente, no dia que chegou a denúncia daquele barbeiro à Câmara de Vereadores, tivemos a informação que o ex-prefeito Carlito Merss foi absolvido, exatamente de uma acusação desse nível. A minha ação está no TSE, estou aguardando o resultado. Eu traduzo isso como desespero destes vereadores, é mais uma tentativa de transformar este processo em um terceiro turno das eleições. Eles que disputem o voto e ganhem na urna, não queiram ganhar a prefeitura no tapetão.
MDD: Você acredita que isso vai ser levado adiante?
Eccel: Cabe ao Legislativo, se o Legislativo tiver juízo, com certeza, não vai [ser levada adiante]; ele que decida.
MDD: O fato de a Câmara aceitar esta denúncia tem relação ainda com o impasse que se formou após a votação do Cimvi?
Eccel: Isso a cidade toda sabe que sim. Isso é uma maneira de vingança, de retaliação por parte dos vereadores que são da oposição. Bloco independente não tem. Na política não existe espaço para ficar em cima do muro, embora muitos insistam nisso. Ou você é governo ou é oposição. Quem vota contra, aqui; nos Estados Unidos; na Rússia, ou na Crimeia, é oposição. Os independentes estão mostrando que estão tendo uma postura de oposição.
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