No que se refere à contratação de equipamentos de fiscalização eletrônica, enquanto a prefeitura quer radares móveis, a Câmara decidiu por lombadas eletrônicas.
O prefeito Paulo Eccel condena a proibição dos radares e afirma que as lombadas eletrônicas não são eficazes na redução da velocidade. “A presença de um radar móvel dá a sensação de que qualquer rua da cidade que esteja sinalizada poderá estar havendo a fiscalização. A lombada só regula a velocidade naquele local, ou seja, a pessoa vai parar naquele local e depois vai poder andar a 200km/h, porque ela sabe que não vai ter nenhum equipamento de segurança, não vai resolver o problema de redução de velocidade”, diz.
Eccel destaca ainda que se torna inviável a implantação de lombadas eletrônicas em toda a cidade. “Temos hoje cerca de 200 pedidos de lombada, se fizermos isso, vamos inviabilizar o transporte de urgência na cidade. O que queremos é provocar uma sensação de que em qualquer rua em que o motorista estiver trafegando tenha a fiscalização para que ele ande na velocidade correta na cidade inteira, não apenas no trecho onde tem lombada eletrônica. E os demais locais as pessoas vão continuar com a velocidade alta”.
Para ele, as lombadas deixarão o trânsito lento. “Estamos vivendo uma situação em que as ruas começaram a ser pavimentadas. A solicitação é de que elas tenham faixa elevada e redutor de velocidade. É impraticável colocar isso em todo o município, vai travar a nossa cidade”, avalia.
Cunho político
Para Eccel, a votação teve cunho político e os vereadores quiseram ‘dar o troco’ por conta das exonerações de seus correligionários. O prefeito disse que irá esperar a segunda votação do texto, que deve ocorrer na quinta-feira, 6 de março, para definir um posicionamento oficial sobre o projeto. “Esperamos que até lá, o Legislativo se conscientize de que não podemos fazer luta política com a segurança pública. A luta política pode ser feita de todas as formas, mas na segurança temos que ter a técnica fundamentando a nossa decisão”, afirma.
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