Paulo Eccel critica falta de transparência no governo Moisés: “perdeu qualquer tipo de condição de seguir”

Ex-prefeito de Brusque vai continuar na vaga de deputado estadual até dia 31 de maio

Paulo Eccel critica falta de transparência no governo Moisés: “perdeu qualquer tipo de condição de seguir”

Ex-prefeito de Brusque vai continuar na vaga de deputado estadual até dia 31 de maio

O deputado estadual Paulo Eccel (PT) assumiu como suplente a cadeira na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) no dia 6 de abril. De lá para cá, o governo de Carlos Moisés (PSL) é afetado por conta de denúncias de irregularidades. Eccel, único representante de Brusque na Alesc, aponta que há falta de diálogo e transparência de Moisés e critica ações tomadas pelo governo durante a pandemia da Covid-19.

“O governo Moisés está absolutamente perdido. No começo da pandemia, tomou as medidas que eram necessárias, de acordo com o quadro mostrado e das orientações técnicas e científicas. Entretanto, faltou transparência e diálogo com todos os setores da sociedade. Ele não ouviu ninguém, nenhum setor pode dizer que foi pelo menos ouvido, dado atenção”, afirma.

O ex-prefeito de Brusque diz que Moisés não tem experiência para estar no cargo. “Este governo foi eleito pelos grupos de WhatsApp, em uma onda que existia naquele momento, de que era importante gente ser eleita sem vínculos com a política. A eleição dele foi uma forma de criminalizar a política, e o resultado está aí: um governo sem experiência, sem conversa com qualquer setor. O cúmulo desta história é que o deputado que foi líder do governo desde o início, é quem está pedindo o impeachment dele”.

O deputado estadual diz que o governo de Santa Catarina passou a “ser destaque nas páginas policiais do Brasil”, se referindo a Operação O2, que executou mandados de busca e apreensão em quatro estados após a compra de ventiladores em Santa Catarina

“Na Alesc, o sinal amarelo começou a piscar quando surgiu a história da construção do hospital de campanha em Itajaí, importante medida, mas nos alarmou o preço da construção, R$ 75 milhões, enquanto foi construído um em Goiás com 200 leitos por R$ 10 milhões. Ficamos espantados com esse valor. Depois surgiram outras denúncias”.

Para Eccel, as denúncias complicam a sustentação do governo Moisés.

“O governador, me parece, que perdeu qualquer tipo de condição, ética, moral, política e administrativa, de seguir a frente do governo de SC. O governo Moisés é muito lento na realização e na operacionalização das coisas, mas muito astuto na organização criminosa que criou, no aspecto do desvio do recurso público da saúde no momento de gravidade como o que estamos vivendo”.

Ele protocolou um pedido de informação sobre a negativa do governo do estado de aumentar para 10 o número de leitos de UTI para Brusque no combate ao coronavírus, e aguarda explicações. “Isto mostra a importância de que cada região tenha sua representação parlamentar”.

O mandato de Eccel na Alesc vai até o dia 31 de maio. O deputado avaliou o tempo na assembleia como “muito intenso e produtivo” e destacou alguns dos projetos que apresentou.

“Estamos tratando de aspectos importantes, tanto sobre a pandemia, quanto da organização do estado, como a possibilidade de transferir o pagamento do IPVA para o final do ano, aliviando o bolso da população, possibilidade de zerar o ICMS das bicicletas, a fim de proporcionar que pessoas possam ter uma alternativa segura de transporte individual, vale gás, que pode beneficiar quase 500 mil famílias catarinenses, com renda per capita de R$ 400 por mês, e projeto que vincula o repasse de recursos do estado para pavimentação a confecção de ciclovias e ciclofaixas, entre outros”.

Outros projetos apresentados por Eccel foi a de penalização de forma administrativa em relação à divulgação de fake news e da obrigatoriedade do uso de máscaras no estado.

“O isolamento social é uma medida, mas não se pode permanecer com isto até o final da pandemia, tem que voltar pouco a pouco, e uma alternativa é o uso de máscaras, mas a gente percebe que muita gente ainda leva isso na brincadeira”.

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