X
X

Buscar

Paulo Eccel entrega relatório da auditoria do Hospital Azambuja ao arcebispo dom Wilson Tadeu Jönck

Prefeito de Brusque aguarda posicionamento da Arquidiocese de Florianópolis

O relatório da auditoria realizada no Hospital Azambuja foi entregue na quarta-feira, 28 de agosto, ao arcebispo dom Wilson Tadeu Jönck, líder da Arquidiocese de Florianópolis, proprietária da instituição de saúde. O prefeito Paulo Eccel se reuniu com o religioso e apresentou resultados preliminares da intervenção realizada em junho.
Eccel lembrou a manifestação pública do arcebispo, que criticou a intervenção através dos meios de comunicação. “Quem rompeu as negociações foi a antiga diretoria do hospital. Eles me garantiram que haveria uma resposta sobre as propostas que haviam sido feitas pela prefeitura. A resposta veio através da imprensa, em um comunicado de suspensão das atividades”.
O prefeito afirma que apontou a Jönck os motivos do pedido de auditoria. Para Eccel, a principal contribuição do relatório é prevenir e diagnosticar problemas, além de preservar o patrimônio do hospital. “Também mostramos o que já foi feito, como estão sendo conduzidos os processos e as dívidas. O documento está sobre análise dele agora. A responsabilidade pela divulgação passa a ser dele, também”.
Falta de diálogo
Paulo Eccel conta que, na reunião com membros da arquidiocese, questionou o motivo para a interrupção das negociações entre o município e a antiga administração. “É algo que ainda não consigo compreender e saí de lá sem resposta”. Eccel diz que o município estará à disposição da arquidiocese para prestar esclarecimentos sobre a auditoria.
Ele revelou também que novas mudanças administrativas estão acontecendo. Segundo o prefeito, exames de mamografia, que antes precisavam ser encaminhados para Jaraguá do Sul, podem ser oferecidos pelo Azambuja.”O hospital tem equipamento pra isso. Na gestão anterior, esse serviço não era oferecido”. 
Eccel citou também os exames de raio X da instituição, que segundo a auditoria, sempre geraram prejuízo. “Em qualquer hospital, esse serviço deveria dar lucro, mas a equipe não tinha segurança dos laudos emitidos pelo raio X do hospital (Azambuja). E com essa nova equipe que está lá agora, existe mais segurança, os médicos começaram a migrar para esse serviço, o que aumenta o faturamento”.
Futuro do Azambuja é incerto
O decreto de intervenção da Prefeitura de Brusque no Hospital Azambuja termina em 31 de dezembro de 2013, no entanto, ainda não há garantias de que a gestão volte para a arquidiocese. Eccel informa que, ao fim do período, apresentará o novo modelo de gestão criado pelo município, e se a arquidiocese decidir que poderá executá-lo, retomará o controle administrativo do Azambuja. “Com a antiga diretoria, não existe possibilidade de diálogo, perdemos a confiança deles e eles de nós. Para que haja solução, a conversa tem que ser direto com a arquidiocese em Florianópolis”, avalia.
O prefeito não descarta a possibilidade do município continuar controlando a gestão do hospital, após o período de intervenção. “O hospital não é da prefeitura, ele é da arquidiocese. Sabemos que não é público. Estamos lá temporariamente, embora não tenhamos receio de assumir a gestão definitivamente. Tivemos a coragem de assumir quando era uma caixa-preta, sem ao menos saber se teríamos funcionários para atender os pacientes. Agora, conhecendo a estrutura, é que não teremos medo de continuar”.
O líder da Arquidiocese de Florianópolis, dom Wilson Tadeu Jönck, informou que ainda não teve acesso ao conteúdo do relatório entregue por Eccel. No entanto, ele afirma que está disposto a continuar as tratativas com o prefeito, em favor da melhoria da situação do hospital. “Ele é que está no controle da gestão, por isso, devemos conversar sobre o assunto. Há outra auditoria em andamento, vamos esperar a conclusão dessas avaliações para tomar a melhor decisão”.