Paulo Massaro é apresentado no Carlos Renaux: “não teria como não voltar”
Treinador acumulou 16 jogos na Série B Catarinense de 2021, e retorna com a missão de corrigir rumos no Vovô
O treinador Paulo Massaro, do Carlos Renaux, foi apresentado oficialmente em coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira, 14, no estádio Augusto Bauer. Na ocasião, esteve também presente o presidente Altair Heck, o Taico, que comentou o momento do clube e explicou a decisão de trocar o comando técnico. Ao fim da terceira rodada, o tricolor ocupa a lanterna da Série B do Campeonato Catarinense.
Massaro relata que, na viagem de nove horas de Ribeirão Preto (SP) a Brusque nesta segunda-feira, 13, fez estudos sobre o elenco e já entrou em contato com alguns jogadores, membros da comissão técnica e diretoria. “Não vim aqui para reclamar ou pôr desculpa. Em vou ter que implementar o que sei fazer num curto espaço de tempo que tenho. (…) Sei do respaldo que tenho e os atletas vão entender. Para mim, o futebol é muito simples. Tenho minha maneira de trabalhar.”
O primeiro objetivo do novo técnico é levar o clube a alguma das oito primeiras posições, para disputar as quartas de final. Depois, em sua visão, começa um outro campeonato. “Minha perspectiva é que eu consiga não somente o quarto lugar novamente. Mas pelo menos o segundo para dar o tão sonhado acesso a este clube tão querido, o mais tradicional de Santa Catarina.”
Nos planos de Massaro, o Carlos Renaux deverá crescer na competição e estar maduro, de fato, após a terceira partida sob seu comando. A Série B estadual tem nove rodadas na primeira fase. “Acredito que a nossa crescente é depois do terceiro jogo. É onde penso que a gente vai estar ganhando corpo, um pouco mais consolidado taticamente, e como vamos entrar no mata-mata”, completa.
Mudanças
Dentro do elenco, Massaro já conhece alguns jogadores, como os zagueiros Luan e Neguete, e o volante Milton Júnior. O técnico já fez algumas indicações de reforços para a diretoria, e pontou a questão das expulsões: já são quatro nos três jogos disputados.
“Primeiramente, a gente tem que começar com 11 e terminar com 11, né? Estamos batendo recordes de expulsões. Vamos começar por aí. A gente tem que entender que uma equipe tem que se fortalecer, e 11 contra 11 é uma coisa, 10 contra 11 é outra. (…) O grupo tem que ter cabeça para disputar o campeonato, a gente está representando uma grande instituição, e esta postura você tem que ter dentro de campo, o emocional conta muito.”
“A partir disso, tenho minhas análises. Questões comportamentais e táticas, que eu tenho que colocar em prática, a minha filosofia. Eles têm que entender o que eu quero. Eles vão ter que fazer o que eu quero. E é simples assim. Entendendo o processo, até porque se estamos em último, isto não está dando certo. Então, do meu estudo, vão peças embora, vão chegar outras peças, este é o futebol”, completa.
Retorno
Paulo Massaro é o técnico com mais jogos no Carlos Renaux desde que o clube voltou ao futebol profissional, em 2018. São 16 jogos, todos pela Série B de 2021, a competição mais longa que o Vovô disputou no período. Após dois empates em dois jogos sob o comando de Luizão, a diretoria acertou com Massaro ao cargo.
“Chego mais uma vez a um trabalho no qual não comecei. E, por coincidência, estreio novamente contra o próprio Nação. Espero ter o mesmo resultado”, comenta o treinador. Em 11 de julho de 2021, Massaro estreou no Carlos Renaux com vitória sobre o Nação por 1 a 0 em Canoinhas. Ele destaca também a relação de confiança que tem com a diretoria tricolor.
Em 16 partidas, Paulo Massaro acumulou sete vitórias, um empate e oito derrotas no comando do Carlos Renaux.
Hora de mudar
O presidente Taico defende a ideia da troca de técnico. Reinaldo deixou o clube com um empate e duas derrotas”Prefiro errar mudando do que persistir no erro. Não é o primeiro ano em que acontece. Já houve outros anos que aconteceu a mesma coisa, a troca de treinador”, comenta. Em 2020 e 2021, o Vovô fez troca de treinadores em diferentes momentos.
“Às vezes, a coisa não acontece. No jogo de sábado, foi um caso em que a gente perdeu, no mínimo, cinco situações claras de gol. Claras. O treinador é culpado? Não. Mas geralmente, vai sobrar para o treinador. Em 20 minutos de jogo, era para estar 3 a 0 para a gente. A bola não entrou. Tem que haver mudanças. Eu sempre digo que se não houver mudanças, os caras também ficam parados no tempo. ‘Ah, tá tudo certo para a diretoria.’ Não. Pelo que a gente montou e pelo projeto que o Carlos Renaux tem, não era para estar na situação em que está. Por isso, a mudança”, completa.
Receba notícias direto no celular entrando nos grupos de O Município. Clique na opção preferida:
• Aproveite e inscreva-se no canal do YouTube