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Paysandú e Santos Dumont empatam no Amador de Brusque

Confronto entre equipes da chave B foi válido pela sexta rodada do campeonato

Jocinei Tamazia correu para a bola e bateu a meia altura, no canto direito do goleiro, que defendeu a cobrança. A torcida – em pequeno número – meio que segurou a respiração, mas no rebote o próprio Tamazia mandou para a rede. A emoção no único gol do Paysandú no empate com o Santos Dumont, no sábado, 29, deu mostras de como foi a peleja: com emoção.

Apesar de estarem garantidos no mata-mata, Paysandú e Santos Dumont fizeram um jogo bastante disputado no estádio Cônsul Carlos Renaux. No fim das contas, o empate em 1 a 1 acabou por disfarçar o empenho mostrado dentro de campo, até mesmo com jogadas ríspidas.

O confronto foi válido pela sexta rodada do Campeonato de Futebol Amador de Brusque – Taça Zehn Bier, e colocou frente a frente dois dos melhores times da competição. O Santos Dumont havia vencido todas as partidas, e o Paysandú tinha perdido apenas um confronto. Por isso, os dois clubes já estavam com a classificação encaminhada na Chave B, mas isso não fez diferença quando o juiz soou o apito.

O gol do Alviverde da Pedro Werner, no rebote da penalidade, saiu nos acréscimos do primeiro tempo. Etapa que foi bastante disputada, mas com leve vantagem para os mandantes, que conseguiram bloquear a velocidade já conhecida do Dumont.

Os locutores esportivos mais antigos teriam dito que a primeira etapa “foi estudada”, ou seja, os times ficaram se conhecendo, mas nenhum se sobrepôs – de fato – ante o adversário. O gol na penalidade, originada em uma falta que existiu, desequilibrou a balança.

Jogo atraiu pouca torcida ao estádio | Foto: Marcos Borges

Alvinegro pra cima
Time conhecido pela sua velocidade, principalmente no contra-ataque, o Santos Dumont foi apático na primeira etapa. Lucas de Souza, sempre perigoso, não conseguiu se destacar. O mesmo aconteceu com o restante do meio de campo alvinegro.

Os erros de passes comprometeram o desempenho do time do técnico Andreone Reis, mas a apatia do Paysandú também pesou e deixou o jogo equilibrado. A equipe da casa não foi tão incisiva quanto no primeiro tempo. Pode ter pesado para isso o sol, que castigou os jogadores nos 45 minutos iniciais – tanto que teve parada técnica para se hidratar.

O empate, já próximo dos 35 minutos, “salvou a lavoura” do Dumont. O camisa 9, Eder Luiz Régis, um centroavante à moda antiga, mandou para a rede. Como bom atacante, Régis incomodou a dupla de zaga durante todo o tempo e foi recompensado.

Matemática
Futebol não é uma ciência exata, também diriam os antigos locutores esportivos, mas Santos Dumont e Paysandú já podem olhar para a matemática do campeonato. Ainda que o espírito esportivo sempre queira vencer, terminar em primeiro pode não ser tão bom, dependendo de quem ficar em quarto na chave A.

A uma rodada do fim da etapa de grupos, a chave B está praticamente definida. Santos Dumont e Paysandú já estão nas quartas de final, enquanto que Pombo e Poço Fundo ainda são ameaçados pelo Limeirense.

O tradicional clube da Limeira precisa contar com a derrota de Poço ou Pombo e ganhar do Sete de Setembro – que tem apenas dois pontos – na última rodada, para sonhar a classificação. Tarefa difícil, mas o inesperado pode acontecer no futebol, que não é uma ciência exata.