Paysandú mantém estádio e sede social, obras realizadas no início do século passado
Se o Paysandú é hoje um clube sem dívidas, com uma ostentável sede social e um estádio próprio de futebol, foi devido ao zelo e o carinho que as abnegadas diretorias tiveram pelo patrimônio. Parte das estruturas foram construídas ainda na primeira metade do século passado, e foram ganhando, ao longo das décadas, revitalizações e […]
Além de manter o patrimônio, hoje o Alviverde da Pedro Werner lucra com o aluguel de espaços para restaurante e bar, bem como espaços de publicidade nos muros do lado de fora e de dentro do estádio. O gramado do campo de futebol também recebe constantes cuidados para as atividades de escolinhas e futebol amador.
O Paysandú está localizado em área nobre de Brusque, na região central, com um terreno de 16 mil metros quadrados. A sede social completou 69 anos em 2018.
Sede social
Em 1932, o Paysandú construiu o primeiro edifício voltado para o atendimento de sócios. Ainda era acanhado, mas contava com bar, secretaria, sede de reuniões e bilheteria. Em 33 o espaço recebeu ampliação e um nome: Sede Social Maria Luiza, mãe do fundador do clube, Victor Gevaerd. Com o passar dos anos, contudo, e principalmente após um vendaval em 1934, a estrutura não comportava o tamanho do clube e da movimentação de associados.
Foi com uma robusta doação do sócio benemérito Cônsul Carlos Renaux, no início da década de 1940, que o Paysandú conseguiu dar início ao projeto da atual sede. A comunidade, novamente, se uniu para angariar recursos e concluir a obra. Neste período, muitos problemas apareceram, inclusive a morte do presidente Carlos Cid Renaux.
Em novembro de 1949, enfim, o clube anuncia a inauguração da sede social, um dos marcos do alviverde no município. Com o tempo foram feitas diversas reformas na sede, principalmente no início dos anos 2000 com a gestão de Arthur Appel. Em 2005 a sede foi reinaugurada com sua reforma completa, passando a receber o nome de sede social Arthur Appel.
Estádio e melhorias
O estádio Cônsul Carlos Renaux tem capacidade para aproximadamente três mil pessoas, possui arquibancada coberta e iluminação com refletores. Mas nem sempre foi assim. Do aterramento do campo até a situação em que se encontra hoje – faltando apenas alguns ajustes para receber jogos profissionais de futebol, se um dia necessário for – houve muito trabalho e investimento.
Em 1922, um terreno de propriedade de Antônio Maluche foi adquirido para a construção do campo. Torcedores e membros da comunidade passaram a trabalhar para fazer o projeto sair do papel. Em 24, estava tudo pronto e nomeado de Praça de Desportos Coronel Carlos Renaux.
Com recursos escassos, o clube foi realizando melhorias aos poucos, em períodos espaçados. Somente em 1979 foi construído o primeiro lance de arquibancada coberta. Foi também em 1979 que o clube inaugurou a iluminação no estádio, e para comemorar foi realizada a partida amistosa entre Paysandú e Santos.
Já nos anos 2000, novos investimentos para melhorias estruturais no estádio foram feitas. Sob a presidência de Bílio Aichinger e, posteriormente, Carlos Maluche, o Cuco, a iluminação foi renovada, foram construídas cabines de rádio e TV, e o gramado também foi reformado.
Você está lendo: Zelo pelo patrimônio
Veja outros conteúdos do especial:
– Introdução
– 100 anos de esporte e cultura
– Datas, fundadores e hino do Paysandú
– Conquistas históricas
– Os ídolos alviverdes
– Coração paysanduano
– Vocação ao esporte
– Formando vencedores
– A cultura verde e branca
– O alviverde em palavras