Pedestres e ciclistas têm dificuldades em atravessar ponte no bairro Dom Joaquim
Moradores precisam dividir espaço com veículos ou andar por um barranco com cerca
Pedestres e ciclistas que passam pela ponte da rua Luiz Morelli, no bairro Dom Joaquim, próximo ao bairro Thomaz Coelho, enfrentam diariamente o medo. Os cidadãos devem atravessar a ponte pela lateral numa calçada com placas de concreto deslocadas e ao fim são “encurraladas” em um terreno particular íngreme e com uma cerca, que dificulta a saída [veja na foto]. Caso contrário, resta dividir o espaço com os veículos na rua. O problema, segundos os moradores, é antigo – persiste há pelo menos cinco anos, e até então a prefeitura não solucionou. A reportagem do Município Dia a Dia, inclusive, esteve no local pelo menos outras duas vezes desde 2012.
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A costureira Luciana Dias, do Dom Joaquim, e a talhadora Vitorina Souza dos Reis Lopes, do Thomaz Coelho, passam diariamente pela ponte para ir e voltar do trabalho. Elas contam que a calçada de pedestre que existe atualmente está com as lajotas deslocadas e que “faz barulho quando andam”. Tanto Luciana como Vitorina afirmam que sentem medo e consideram que deveria ter uma calçada após a ponte para que não precisassem andar na mesma via dos veículos. “A gente se vê apertada para passar aqui todos os dias”, diz Luciana.
O servente Douglas dos Santos, do Thomaz Coelho, sofre com o mesmo problema das mulheres. Ele também atravessa a ponte diariamente e afirma que o principal problema é a cerca que tem no término da calçada num dos lados. “Se não tivesse essa cerca seria mais tranquilo, pois não precisaríamos andar na mesma via dos carros. Eu mesmo tenho medo de ser atropelado com a bicicleta”, conta.
As costureiras Adelita de Oliveira Ventura e Angélica Fernanda Ventura, mãe e filha, respectivamente, moram há quatro anos ao lado da ponte. Elas se incomodam com o barulho que pedestres e ciclistas fazem ao passar pela calçada. Segundo as mulheres, as lajotas estão soltas, o que coloca risco as pessoas. Adelita diz que já presenciou dois acidentes, inclusive um envolvendo um skatista e outro uma pedestre. “Não tem lateral para o cidadão andar e a calçada está balançando. Sem contar que trefegam muitos caminhões, o que torna a situação mais perigosa”, afirma.
O analista de crédito, Silvano Kohler, é morador no Dom Joaquim e pratica caminhadas neste trajeto. Ele recorda que o problema existe há pelo menos cinco anos. “A ponte deveria ter sido feita para carros e pedestres, mas as pessoas têm que ir para o meio da rua ou andar ao lado – só que no lado acabam desembocando num barraco”, conta.
Kohler afirma que a ponte foi mal feita e considera “ser um absurdo” não ter acesso aos pedestres e ciclistas. “Temos que reclamar. Se passam anos e ninguém faz nada”.
A operadora de caixa, Jaci Santos, do Thomaz Coelho, trabalha num posto de combustível próximo à ponte. Ela diz que tanto como pedestre como condutora de veículo a dificuldade é grande. “É perigoso caminhar pois não tem acesso e como motorista também dá receio de atropelar alguém”.
Visita técnica no local
Antes do contato da reportagem do Município Dia a Dia, a Secretaria de Obras afirma que não tinha conhecimento sobre o problema referente a ponte na rua Luiz Morelli. A pasta diz que nesta semana uma equipe técnica irá ao local para observar o que pode ser feito. “Será analisado o local para que possamos programar alguma melhoria que ofereça mais segurança a população. Também precisaremos verificar os custos com a obra”, diz a assessoria de comunicação da Secretaria de Obras.