Pedido de busca e apreensão contra empresários cita sete vezes Luciano Hang

Entretanto, nenhuma das citações ao empresário brusquense faz referência a golpe de Estado

Pedido de busca e apreensão contra empresários cita sete vezes Luciano Hang

Entretanto, nenhuma das citações ao empresário brusquense faz referência a golpe de Estado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, retirou o sigilo do pedido de busca e apreensão feito pela Polícia Federal contra um grupo de oito empresários devido a troca de mensagens que fazem referência a um golpe de estado, pelo aplicativo WhatsApp.

A operação contra os empresários, incluindo o brusquense Luciano Hang, aconteceu na semana passada. 

A Polícia Federal cita todas as mensagens que fazem referência a um golpe de Estado. No pedido de busca e apreensão, o nome do empresário Luciano Hang é citado sete vezes, porém, seu nome não é ligado a nenhuma mensagem referente ao golpe. A Polícia Federal cita, apenas por duas vezes, uma publicação feita por Hang no dia 17 de maio, listando uma série de efeitos colaterais “falsamente atribuídos ao imunizante Pfizer”.

As outras vezes que Hang é citado no documento é em relação aos seus dados pessoais e nos pedidos para o Google e para a Apple fornecerem o acesso e download de todo o conteúdo armazenado no serviço de nuvem Google Drive e Icloud Drive.

Na semana passada, após a operação, Hang se manifestou dizendo que nunca enviou mensagens no grupo com teor golpista, o que é corroborado pelo conteúdo da íntegra do pedido. “Eu nunca falei de STF ou de golpe. O jornalista, de forma leviana e sensacionalista, usou trechos desconexos de conversas e a tirou de contexto”, disse.

No pedido, acatado pelo ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal justifica a busca e apreensão nos endereços dos empresários por defenderem um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito para a presidência.

“Devido a aproximação do pleito eleitoral, bem como o acirramento da polarização, impõe-se a atuação rápida da Polícia Federal para compreender e esclarecer os fatos, bem como uma atuação enérgica do Estado quando vislumbra-se a possibilidade de incentivo a ameaças e a articulações destinadas à abolição do Estado Democrático de Direito seja pela supressão de um de seus poderes ou pelo uso do poder econômico para interferir na opção de voto do cidadão”, diz o documento.

O pedido cita a reportagem publicada pelo jornal Metrópoles, no dia 17 de agosto, que traz prints das mensagens trocadas pelos investigados no grupo Empresários & Política.

 

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