Pedido de cassação dos mandatos de Jonas Paegle e Ari Vequi é negado pela Câmara
Nove dos 15 vereadores votaram contra a denúncia protocolada pelo vereador Paulo Sestrem
Os vereadores votaram para a não admissibilidade do pedido de cassação do prefeito Jonas Paegle (PSB) e do vice-prefeito Ari Vequi (MDB). A votação acabou nove a seis na sessão da Câmara dos Vereadores desta terça-feira, 18.
O pedido do cassação foi feito pelo vereador Paulo Sestrem (Patri), que, por este motivo, não pôde votar e foi substituído pelo suplente, Valdir Hinselmann (PRP).
Votaram a favor da denúncia: Ana Helena Boos (PP), Claudemir Duarte, o Tuta (PT), Marcos Deichmann (Patri), Sebastião Lima (PSDB), Gerson Morelli, o Keka (PSB) e Valdir Hinselmann (PRP).
Votara contra a denúncia: Ivan Martins (PSD), Alessandro Simas (PSD), Celso Emydio da Silva (DEM), Cleiton Bittelbrunn (Patri), Deivis da Silva (MDB), Leonardo Schmitz (DEM), Jean Pirola (PP), Joaquim Costa, o Manico (MDB), José Zancanaro (PSB).
O vereador Jean Pirola discordou da denúncia de Sestrem e disse que as informações trazidas eram dúbias.
“Quem leu a denúncia, sabe que não tem fundamento, nem pé, nem cabeça. Não concordo com o que o Paulinho fez, mas não vi o prefeito o proibir de fazer. Não era necessário trazer o pedido de cassação para a casa”, avaliou.
Alessandro Simas disse que a inscrição de pessoas no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES), diferente da denúncia de Sestrem, não é ilegal. “Ninguém recebeu nada por esta lotação de funcionários”, garantiu.
José Zancanaro explicou que o voto contra a denúncia foi pela falta de substância na denúncia. “Esta foi uma decisão mais política do que jurídica. Para votar a favor, precisava ter certeza e garantia do crime de improbidade”.
Sestrem afirmou que diante dos comentários dos vereadores Pirola e Simas, não iria se manifestar. “Ficou claro a divisão e a proteção à atual gestão”, completou.
Entenda o pedido de cassação
O vereador Paulo Sestrem protocolou no Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) denúncia contra o prefeito Jonas Paegle, o vice-prefeito Ari Vequi e o secretário de Saúde, Humberto Fornari. Além do MP, o vereador também protocolou denúncia na Câmara de Vereadores por suposta conduta ilegal e quebra de decoro do prefeito e vice-prefeito de Brusque, solicitando votação para cassação do mandato de ambos.
A representação feita por Sestrem está diretamente ligada a denúncia publicada por ele no Facebook no mês de janeiro, sobre a suposta inserção de informações falsas no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES).
No sistema do Ministério da Saúde consta que a Unidade de Pronto Atendimento do bairro Santa Terezinha estaria em funcionamento de segunda-feira a sábado, das 8h às 22h, com três servidores atuando no local. Entretanto, o local que foi construído com a finalidade de ser uma UPA 24 horas, ainda está em obras e aguarda aprovação do Ministério da Saúde para funcionar como Pronto Atendimento.
Sestrem informa ao Ministério Público que foi vítima de ataques pessoais pelas redes sociais, orquestrados por membros do alto escalão da prefeitura, principalmente pelo secretário interino de Governo e Gestão Estratégica, André Vechi, além do próprio prefeito Jonas e do vice Ari.
Além dos alegados ataques pessoais, Sestrem diz que o governo municipal quis interferir no funcionamento regular do poder Legislativo, protocolando uma representação ética sem funamento. contra o vereador na Câmara de Brusque.
*Notícia atualizada às 20h46 para correção do voto do vereador Ivan Martins