Pegar ou largar
O Brusque chega à última rodada da primeira fase da Série D precisando da vitória sobre o Operário para entrar no mata-mata sem depender de ninguém. A má notícia é que, com o pífio desempenho em Piracicaba, o time do Paraná já se garantiu em primeiro e só restou ao time de Pingo a segunda colocação, ou seja, decidir fora de casa o primeiro mata-mata.
O técnico do Bruscão reconheceu que o time jogou em São Paulo muito abaixo do que esperava. Se na semana anterior ele mostrava otimismo com as condições do campo e a forma com que o XV viria para cima, tudo se transformou em decepção. A verdade é que o time mostra duas caras: em casa, duas partidas com vitórias onde sobrou e poderia até ter vencido com placares maiores. Fora, um time que não se achou, e conseguiu não vencer um adversário com três jogadores a menos.
Esses jogos passaram, e agora o foco é no jogo decisivo, contra um Operário que possivelmente virá sem seus principais jogadores (veja nota). Cumprindo a tarefa, é hora de focar na fase eliminatória. O caminho não é fácil: são necessárias três classificações para chegar ao acesso. O time precisa corrigir essa irregularidade.
Quando a fase é ruim
A derrota do Avaí para o Fluminense vai ficar marcada pelos erros de Kozlinski, o gol contra e o desvio de Maicon que resultaram em gols. Foi o que definiu o jogo. Mas por trás disso existem mais fatores.
É preciso constatar que o Flu controlou o jogo. A diferença nas médias de idade pesou e o tricolor voou pra cima do Avaí. O erro bisonho de Kozlinski ajudou a definir um quadro que poderia se desenhar de uma forma, digamos, normal: havia uma grande diferença técnica.
Além disso, o gol serviu como um duro golpe. Se o time avaiano foi para o jogo com uma motivação, algum gás novo, talvez com a estreia de um jogador experiente como Maicon, foi tudo para longe em dois erros. No primeiro, algo inconcebível para um goleiro de Série A. E no segundo, um cruzamento em que facilmente poderia ser afastado pelo camisa 1. Não foi. E Maicon, sentindo a falta de ritmo de jogo, fez contra. Claramente o time foi abatido para o vestiário. Não haveria reação.
No segundo tempo o Fluminense apenas tratou de administrar, com seu preparo físico muito melhor. Ainda saiu o terceiro gol, em um desvio de Maicon que matou o goleiro e que teve a cena de Rômulo dando o dedo na cara de Juan. Dá pra ver que o clima do jogo foi sinistro.
Não tinham desculpas para o técnico dizer se não trabalhar, trabalhar e trabalhar. Ele vai trocar o goleiro titular para apagar parte do incêndio e buscar a receita mágica para recuperar o time no técnico e psicológico. Joel chegou, estreou e já mostrou mais qualidade no ataque que qualquer um do elenco. Mas é pouco, muito pouco.
Adversário
O Operário de Ponta Grossa, adversário do Brusque neste domingo, vive situação altamente preocupante na segundona do Paraná, onde mandou durante a primeira fase, dando impressão que subiria com facilidade. O time foi derrotado pelo Iraty em casa na quarta-feira por 3 a 2, e agora está a 4 pontos do líder no quadrangular semifinal, onde só sobe um clube. Garantido na D e em situação desesperadora no Estadual, o Fantasma tem boa oportunidade para poupar os titulares.
Fim
Para mais da metade dos clubes da Série D, a temporada acaba neste domingo. Considerando que os contratos de atletas tem duração mínima de três meses, é injusto o formato onde a primeira fase tem apenas 6 jogos em pouco mais de 40 dias. Mas a CBF não dá a impressão de querer mudar. Pelo contrário, inchou ainda mais o torneio.
Amador
Pela Copa Krona de Futebol Amador, o time do Carlos Renaux foi goleado pelo Metropolitano no último fim de semana, pelo jogo de ida da decisão. Os 4 a 0 para o time da casa complicaram muito a situação dos brusquenses, que precisarão devolver a diferença na grande final, marcada para semana que vem no Augusto Bauer.