Pelznickeltag: primeiro encontro estadual de pelznickel reúne grupos que mantêm a tradição viva em Guabiruba

Realizado pela Sociedade do Pelznickel, evento promoveu troca de experiências e contou com apresentações sobre turismo e história do famoso Papai Noel do mato

Pelznickeltag: primeiro encontro estadual de pelznickel reúne grupos que mantêm a tradição viva em Guabiruba

Realizado pela Sociedade do Pelznickel, evento promoveu troca de experiências e contou com apresentações sobre turismo e história do famoso Papai Noel do mato

Na tarde deste sábado, 16, diversos apaixonados pela tradição do pelznickel, o famoso Papai Noel do mato, se reuniram na Sociedade do Pelznickel, em Guabiruba. Com troca de experiências, momento de confraternização e breves palestras sobre turismo e história deste personagem emblemático, a 1º Pelznickeltag – Encontro Estadual do Pelznickel contou com a participação de grupos que mantêm essa cultura viva no município.

No local, estiveram presentes o prefeito de Guabiruba, Valmir Zirke, a superintendente da Fundação Cultural, Jennifer Schlindwein, e a secretária de Indústria, Comércio, Desenvolvimento Econômico e Turismo, Letícia Fischer.

O ex-secretário da pasta e turismólogo, Andrei Muller, apresentou para o público informações sobre o turismo e o impacto do pelznickel para o município. Já o integrante do conselho fiscal da Sociedade do Pelznickel, Fabiano Siegel, trouxe a história do pelznickel e significados da tradição. Ele também deu dicas aos presentes, que eram desde crianças, até pessoas com mais de 60 anos.

Morador do bairro São Pedro, Darlan Rudolf, de 35 anos, faz parte do grupo Spitzkopf – von Petter-Strabe. Ele conta que se veste de pelznickel desde os 6 anos.

Luiz Antonello/O Município

“Me criei nisso e vivi isso. Quando éramos pequenos fazíamos a roupa com uma caixa de papelão. Há 15 anos pensamos num nome e pensamos na montanha Spitzkopf, pois é onde o pelznickel mora. Por que? Lá de cima, do alto, ele consegue ver todas as crianças e saber quem obedeceu e quem aprontou”, explica.

Hoje, o grupo conta com 25 pelznickels. “É legal a gente trocar ideias, experiências diferentes, como começou e como cada um faz a sua roupa e a partir de qual momento começou a organização. O significado do nosso grupo é ‘pelznickel da rua São Pedro’ em alemão. Antigamente, um grupo se juntava e ia a pé visitar as casas, cada turma fazia uma rua, a Lorena e a Alsácia. A cada ano aumenta cada vez mais”, conta.

Por lá, também estava Thallys John Heffelmann Scharf, 15. Ele conta que é pelznickel há 5 anos e participa do grupo Família Noel, do Aymoré.

Luiz Antonello/O Município

“Eu via no meu bairro. Também vinha muito na Pelznickelplatz, todo ano. Eu achava tudo muito interessante e me chamava a atenção, queria fazer parte. Fui evoluindo, fazendo minha roupa e aprendendo com as pessoas mais velhas. Então, entrei no grupo Família Noel”, conta.

No Pelznickeltag, Thallys pode dividir experiências e aprender muito com quem faz o pelznickel há mais de 30 anos. “Eu gostei muito do evento, é importante para ajudar, incentivar e dar dicas para os pelznickel. Os mais novos, tipo eu e meus amigos, podemos aprender a melhorar e manter a tradição viva, sabendo da história”, avalia.

Da Sociedade do Pelznickel estava Walmira Corrêa, 66, que foi com o companheiro Maximino Corrêa, 67, e a bisneta, Ana Clara Santos Leite, de 6 anos. No Natal, Walmira faz a personagem Oma e Maximino é o São Nicolau.

Luiz Antonello/O Município

“É muito bom, pois têm pessoas de longe que reconhecem o nosso trabalho, a gente chega a se emocionar. O evento promove a tradição, que não é única e só nossa, é de vários bairros e pessoas, isso dá espaço para todos”, completa.

Experiências do pelznickel

Fabiano Siegel aponta que o evento é mais um reforço para a tradição. “Para ela não se perder e ser perpetuada a longo prazo. Temos muitos novos integrantes entrando agora, então precisamos relembrar a história e mostrar como pode ser e mostrar o futuro. É uma troca de ideias”, comenta.

Luiz Antonello/O Município

Entre as trocas de experiência, os pelznickel discutiram formas de atuar, para não sair do personagem e também os limites dos sustos com algumas crianças, já que o personagem tradicionalmente desperta medo entre os mais novos.

“Para não quebrar o encanto do pelznickel, temos muita experiência. Antigamente, o pelznickel entrava nas casas e até batia nas crianças, hoje não é nem perto disso”, explica o presidente da Sociedade do Pelznickel, Vandrigo Kohler, 43.

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Assim, Vandrigo avalia a realização do evento de forma positiva. “Foi o primeiro e a participação foi muito boa, mas a ideia é abranger mais grupos. Queremos trazer participantes de Brusque e tem também em Ibirama. Porém, conseguimos transmitir a ideia do que foi o encontro e, com certeza, os que estiveram aqui vão trazer mais pessoas no próximo”, celebra.

Segundo a superintendente da Fundação Cultural, Jennifer Schlindwein, a gestão municipal acredita no potencial da manifestação cultural da Sociedade do Pelznickel e de outros grupos.

“Esse calendário de eventos, com a Pelznickeltag, reforça isso ainda mais para que a sociedade enxergue que os pelznickel são engajadas no fazer, na prevenção e na manutenção da tradição. O poder público é parceiro das sociedades e das iniciativas e queremos que cada vez mais se propague a cultura, a nível estadual e nacional”, finaliza.

Confira mais imagens da 1ª Pelznickeltag:

Luiz Antonello/O Município
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