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Período de chuva causa prejuízos à agricultura na região

Plantações de milho e de feijão foram prejudicadas e agora produtores buscam alternativas

O período de três semanas chuvosas causou prejuízos aos agricultores e pecuaristas de Botuverá e Guabiruba. Gente como Waldemiro Dalbosco, que cria gados e planta milho para silagem (ração para os animais).

Dalbosco teve um prejuízo de 60 a 70 toneladas de milho que ele havia plantado no início da safra. “Há um mês, teve um vento que derrubou, e depois não conseguimos colher por causa da chuva”, explica.

O pecuarista, agora, trabalha para evitar um prejuízo ainda maior com os gados. “Para suprir, tem que comprar de quem tem de sobra, que não tem em Guabiruba, em outras cidades, ou usar resíduo de algodão”, diz Dalbosco.

Dalbosco não foi o único que teve perdas por causa do longo período de chuva na cidade. De acordo com a Associação de Desenvolvimento Rural de Guabiruba (Aderg), as condições climáticas adversas impactaram principal os agricultores de milho e feijão.

No caso do milho, as perdas foram provocadas pela demora na colheita. Com a chuva, não foi possível colher na hora certa e, por isso, boa parte apodreceu e não pôde ser aproveitado. Já o feijão não pôde ser colhido porque precisa secar para ficar bom para consumo.

“Na Planície Alta, teve gente que perdeu a produção porque não tinha como secar o feijão”, diz Ernesto Wippel, responsável pela Aderg. Segundo ele, um produtores perdeu 20 sacas de feijão devido à chuva contínua.

A Aderg reúne agricultores do município e processa aproximadamente 6 mil sacas de milho a cada safra. O montante é apenas parte do que é plantado em Guabiruba, pois muitos fazem todo o processo em casa.

A maioria das pessoas planta o milho para dar de comer aos animais, e outros colhem para consumo próprio. Poucos chegam a vender o milho plantado.

Botuverá
Segundo o secretário de Agricultura de Botuverá, Márcio Colombi, foram registradas perdas, no entanto, nada fora da normalidade para o período. Assim como em Guabiruba, o maior prejuízo foi na silagem. A safra em Botuverá é de cerca de 7 mil sacas.

Prejuízo
O governo do estado divulgado, na segunda-feira, 12, um relatório preliminar sobre o prejuízo do agronegócio catarinense após as chuvas. Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca e o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri), as perdas foram na ordem de R$ 20 milhões.

De acordo com o governo estadual, as safras de milho e de feijão foram as mais impactadas, pois estão na fase final. A produção leiteira no estado também teve prejuízo, segundo levantamento da Epagri. As regiões mais atingidas pelas chuvas foram o Oeste, Extremo-Oeste, Sul e Rio do Sul.