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Pesquisa mostra que maior parte dos pais é contra retorno das aulas presenciais em Brusque

Consultados, 68,7% dos pais de alunos da rede pública municipal são contra o retorno das atividades normais

A Secretaria de Educação de Brusque não vê condições de volta às aulas presenciais na rede municipal de ensino enquanto a região não apresentar os menores riscos possíveis na escala do governo de Santa Catarina.

De acordo com a responsável pela pasta, Eliani Buemo, vem sendo elaborado desde meados de junho um plano de ação, que será discutido por uma comissão específica. A primeira reunião será feita ainda nesta semana, em videoconferência. Conforme pesquisa da secretaria realizada com pais e responsáveis dos alunos, 68,7% dos entrevistados não os levaria às escolas neste início de agosto.

A pesquisa foi realizada em junho e julho, com aproximadamente 70% dos pais e/ou responsáveis que possuem filhos matriculados na rede municipal e com 98,1% dos servidores. De acordo com a secretária de Educação, a insegurança das famílias sobre o retorno às aulas é reveladora para a pasta.

“A insegurança está presente, no entanto, se compararmos ao contexto, nos parece um paradoxo ter que fazer tanto esforço para que as pessoas, de modo geral, mantenham o distanciamento social”, comenta, com a visão de que ao mesmo tempo em que há a insegurança da comunidade ligada às escolas municipais, a população em geral não tem mantido medidas preventivas contra a pandemia de Covid-19.

Em relação às atividades on-line, a falta de tempo foi apontada por 44,8% dos entrevistados como a maior dificuldade para acompanhar as atividades de estudo em casa enquanto 35,5% afirmaram não haver dificuldades.

“Certamente esse dado nos preocupa, inclusive porque a família deve acompanhar o processo formativo de seus filhos independente da modalidade, seja presencial ou à distância. Inclusive salientamos sempre a necessidade de criar rotinas.”

Uma das perguntas da pesquisa tinha a possibilidade de múltiplas respostas: quem auxilia os alunos durante as atividades de aprendizagem não presencial? A opção líder foi as mães, com 71% das respostas. Os pais ficaram na segunda posição, com 23,7%.

Ao todo, 598 famílias alegaram não ter acesso a internet.

“Elas recebem o material impresso por meio dos pais, os diretores marcam um horário com os pais na escola respeitando todos os protocolos de saúde recomendados, e quando a família não pode ir até a escola a gestão organiza a forma de chegar até a casa do aluno”, relata Eliani Buemo. As medidas constam no plano de ação específico da secretaria, criado em 6 de abril.

A Secretaria de Educação de Brusque também conclui que a maioria das famílias possui internet, ainda que, em alguns casos, o equipamento ou a qualidade da internet não sejam satisfatórios.

Servidores

Um dado que surpreendeu a secretaria foi a quantidade de servidores considerando a própria saúde mental afetada. De 1.634 entrevistados, 10,3% a consideraram péssima, e 49,4% a classificaram como regular. “Começamos uma conversa com o setor da saúde mental da Secretaria de Saúde do município, com o intuito de conjuntamente pensarmos em iniciativas para minimizarmos a quantidade destas situações.”

Resultados da pesquisa