Pesquisa mostra variação de 42% no preço do pinhão em Brusque; confira valores
Produtores estão com boa expectativa para safra deste ano
Produtores estão com boa expectativa para safra deste ano
Os produtores de pinhão estão com grandes expectativas para a safra deste ano. De acordo com a Epagri, estima-se que serão colhidas entre 1,2 mil toneladas a 1,7 mil toneladas em Painel, na Serra Catarinense, uma das principais cidades produtoras da semente. Comparado com a safra anterior, onde foram colhidas 800 toneladas, os números apontam um bom desenvolvimento para este ano.
A estimativa é elaborada pela Epagri com base nas conversas com os produtores, mas há chances dos números serem maiores. No entanto, a colheita dependerá das condições climáticas. Segundo o engenheiro agrônomo e extensionista rural da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Cesar Alessandro Oliveira de Arruda, no momento os produtores estão colhendo poucos volumes devido às chuvas.
Ele explica que as chuvas interferem diretamente na colheita, visto que as árvores ficam escorregadias, o que torna mais difícil o serviço de subir e extrair a pinha. Cesar comenta que os produtores iniciaram as vendas do pinhão a R$ 4 o quilo. No entanto, ele explica que o valor já reagiu e alguns estão comercializando a R$ 5 o quilo.
Nos mercados da Serra, o pinhão chega ao consumidor pelo preço de R$ 8 a R$ 9 o quilo. Em Brusque, o preço da semente varia de R$ 6,99 a R$ 9,98. Em 2020, no início da pandemia, o quilo do produto custava mais de R$ 13,99.
Além do clima, o engenheiro agrônomo também comenta que outro fator que pode prejudicar a colheita é a falta de mão de obra. Segundo Cesar, grande parte da produção de pinhão é feita por famílias. “O pai já não sobe mais o pinheiro, geralmente é o filho, ou o sobrinho, ou alguém que ele contratou, mas a demanda está baixa. Vemos poucas pessoas subindo nas árvores, pois tem pouco pessoal”.
Segundo ele, muitas vezes a falta de funcionários para atender a demanda resulta na perca de produto. “Temos anos em que é produzido mais que o dobro, as vezes 4 mil toneladas, mas não conseguem colher, então isso cai, fica nas florestas ou os animais comem”, esclarece.
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