Pirão com linguiça atrai público para a Fenarinha
Aproximadamente 10 mil pessoas passaram pelos três dias da 20ª edição da festa
O sítio Vó Rosa, no bairro Limeira Alta, foi palco da 20ª Festa Nacional da Farinha, a Fenarinha. Após ficar um ano sem ocorrer, a edição ganhou um dia a mais de festejo.
Durante os três dias – de sexta a ontem – passaram pelo local aproximadamente 10 mil pessoas. A festa se tornou tradição da família Dalago, que neste ano contou com o apoio da Jasper Entretenimento.
Entre as diversas atrações que animaram os dias de festa, o que prevaleceu foi a gastronomia, que trouxe aos participantes o tradicional pirão com linguiça.
Foram vendidos durante a festa, aproximadamente 2,5 mil pratos. A farinha utilizada para a preparação é produzida no mesmo local onde ocorre a festa, no engenho movido à água, com mais de 125 anos em funcionamento no sítio.
O idealizador da festa, Nelson Luiz Dalago, 66 anos, o Carrapato, conta que foram desmanchados três toneladas de aipim, comprados na região, o que se tornou aproximadamente 1 mil quilos de farinha. A produção iniciou na quinta-feira, sendo forneado na sexta-feira e sábado.
A linguiça também é artesanal, produzida pela empresa Härle Defumados, porém com a receita de Carrapato.
“É uma linguiça normal, mas modifiquei a receita para ficar do nosso jeito. Ela tem uma mistura diferente, não é defumada, não tem corante e nem conservante”, explica. Foram fabricados 600 kg de linguiça.
O saboroso pirão com linguiça que atrai diversas pessoas para a festa tem temperos que fazem toda a diferença.
“Pirão todo mundo sabe fazer, mas nós optamos por fazer uma mais elaborada”, comenta Carrapato.
A receita do pirão não é mantida em segredo pela família Dalago, que revela o modo de preparo. Segundo Maria Regina Dalago Habitzreuter, 64, irmã de Carrapato, durante a fervura da água é colocado carne de porco, caldo de legumes e de carne.
Na formação do prato, além do pirão e linguiça, é incluso também um ovo e repolho refogado com bacon. Desde a primeira edição, a receita permanece igual. “Muita gente fala que até tenta fazer em casa, mas não é a mesma coisa”, diz.
Para a produção do prato, uma equipe de 25 pessoas se doam durante os três dias. Claudete Angela Furtado, 62, é a cozinheira mais antiga da festa, com 19 anos. Mesmo com o pé quebrado, estava lá, com toda energia e carisma.
“É como se fôssemos da mesma família e eu gosto muito de trabalhar aqui, é uma diversão. Pra mim, é um prazer preparar esse prato”, afirma.
Em cada ingrediente depositado na panela, Claudete coloca também sua alma. “Quando a gente faz com amor, recebe também amor”, frisa.
Para ela, que é cozinheira profissional, a intenção é estar em todas as próximas edições da festa.
>>> Leia reportagem completa na edição de segunda-feira, 11 de abril.