Pit Smoker: churrasco típico dos Estados Unidos ganha adeptos em Brusque
Morador de Brusque já realiza a prática e conta o passo a passo da defumação americana
Uma nova maneira de fazer churrasco está chegando com força no Brasil e também no estado de Santa Catarina. Conhecido como um processo diferenciado de defumação da carne, o uso do equipamento de Pit Smoker é típico do estado do Texas, no sul dos Estados Unidos.
O equipamento se trata de um defumador com forno acoplado e medidores de temperaturas. No processo, geralmente os cortes utilizados são a paleta suína, costela bovina e suína, sobrecoxa de frango, além de outros cortes. O fator obrigatório da prática é a harmonia entre tempo e a temperatura.
O processo
O equipamento é abastecido por lenha e carvão. A lenha usada precisa ser uma originária de árvores frutíferas. Durante as primeiras horas, o carvão é usado para aquecer o equipamento e depois a lenha é colocada para defumar.
Após o processo de defumação, a carne escolhida é embrulhada no papel alumínio para assar em baixa temperatura, que geralmente fica na média de 120ºC. Após a carne ser embrulhada, usa-se somente o carvão pois a fumaça não tem mais contato com a carne.
Brusque
Josias Teixeira tem 39 anos e é natural de Sapiranga (RS). Ele já vive em Brusque há seis anos e morou por 12 anos em São João Batista. Atualmente, ele trabalha como churrasqueiro no “Texano“, estabelecimento localizado no bairro Águas Claras e que faz o uso do Pit Smoker. Segundo ele, o processo de defumação pode levar horas, dependendo da carne utilizada.
“O tempo varia de carne pra carne. Existem carnes magras e carnes que contém mais colágeno, essa segunda é mais demorada. Já o tempo de defumação, que é a etapa inicial, vai de cada um, mas leva em média de três a quatro horas para defumar por completo. Atualmente, fazemos também hambúrgueres com essa técnica”, diz o churrasqueiro.
Temperos e lenhas
Outra parte importante do processo é a fabricação e o uso dos temperos. De acordo com Josias, não existe um caminho perfeito para acertar no tempero, mas que tudo se trata da sensibilidade do churrasqueiro.
“Os temperos chamamos de Dray Rub, que são temperos secos. Não existe um tempero certo e nem um tempero errado. Cada praticante do Pit Smoker cria o tempero que mais gostar e claro, um tempero que agrade ao público que você está atendendo. Vale lembrar que cada carne também leva um tempero diferente. A carne bovina que eu faço, por exemplo, leva um tempero de mel adocicado diferente do que eu utilizo na suína. É como eu disse, vai do gosto e sensibilidade”, explica.
Sobre qual tipo de lenha utilizar, ele indica a lenha de macieira e laranjeira e informa que o Pit Smoker feito nos Estados Unidos é diferente do praticado no Brasil. “Muitas coisas mudam. Os americanos costumam usar muita pimenta nos temperos e isso é uma coisa que não agrada a maioria dos brasileiros”, relata.
Receba notícias direto no celular entrando nos grupos de O Município. Clique na opção preferida:
• Aproveite e inscreva-se no canal do YouTube