Pitty reúne duas mil pessoas em show
Singles como "Na sua estante", "Equalize" e "Pulsos" fizeram parte do repertório da cantora
Singles como "Na sua estante", "Equalize" e "Pulsos" fizeram parte do repertório da cantora
Sucesso nacional com mais de 15 milhões de cópias vendidas, a cantora baiana Pitty fez jus ao status e reuniu cerca de duas mil pessoas em Brusque na última sexta-feira, 13. A apresentação fez parte do tour “Setevidas” – nome do último álbum lançado pela roqueira no meio do ano passado – e ocorreu na Fire Up, casa de eventos localizada na rodovia Antônio Heil.
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O show, que começou por volta das 2h, durou cerca de 1h30 e contou com 18 músicas. Entre elas, estavam os singles “Na sua estante” e “Equalize”. A maioria do repertório, no entanto, foi composta pelas canções do Setevidas, como “Serpente” e “Boca Aberta”. Minutos antes de subir ao palco, a cantora recebeu a imprensa e falou sobre temas como o novo álbum e o atual cenário do rock nacional.
Repertório
“O repertório vai mudando bastante, eu costumo sentir o clima do lugar antes de definir. Porque eu quero apresentar o meu disco novo, mas eu também quero que as pessoas saiam felizes daquele show. Não quero que ninguém saia chateado comigo. Então eu tento equilibrar”
Setevidas
“Eu passei por um ano difícil [em 2013 a cantora foi internada na UTI com problemas no estômago] e foi isso que me incentivou a compor o álbum. Foi o jeito que eu encontrei para tirar aquelas coisas de mim. Eu acho que cada um encontra uma válvula de escape. A minha foi essa. E eu não escrevi as letras em um momento só, foi acontecendo aos poucos”
Retorno da banda
“Voltar com a banda toda é maravilhoso. E faz parte de mim também, eu não poderia ficar exclusivamente em uma coisa só [referência ao Agridoce, projeto musical da parceria com o guitarrista Martin Mendonça]. Minha primeira ideia era juntar o Agridoce e a banda, mas não dá para conciliar, é muito puxado”
Rock nacional
“Faz muito tempo que o rock bombou no Brasil. Tinha Raul Seixas, tinha Camisa de Vênus. Isso era nos anos 80, época em que o estilo estava na grande mídia. Agora o rock é mais segmentado, às vezes ele vira modinha e vem uma galera nada a ver. Mas o rock é mais do que música, é um estilo de vida. Quem faz rock e quem gosta de rock continua gostando independentemente se está na moda ou não”
Mulheres
“Eu enfrentei e ainda enfrento muitos preconceitos. Mas eu tenho consciência de que estou mais protegida do que a maioria das mulheres. E se eu ainda passo por esses momentos, eu penso nessas mulheres menos privilegiadas. Eu me solidarizo com todas elas porque eu me coloco no lugar delas. E eu as apoio, independentemente se elas pensam diferente de mim, se usam roupa diferente ou se cantam músicas diferentes”.