Em 2032, São João Batista poderá ter mais de 43 mil habitantes. Esse é o cenário apresentado pelo Plano Municipal de Saneamento, que detalha os investimentos na coleta e tratamento de esgoto residencial e pluvial. A apresentação aconteceu na noite dessa quarta-feira, 13 de março, na Câmara de Vereadores de São João Batista. O próximo passo é a finalização do projeto, que deve ficar pronto em 30 dias.
Os investimentos na execução devem ultrapassar os R$ 38 milhões. O prefeito Daniel Cândido, está empenhado em buscar recursos do Governo Federal para viabilizar a construção.
As ações da prefeitura serão norteadas pelo Plano Municipal de Saneamento, abrangendo quatro segmentos: água, esgoto, lixo e drenagem urbana. Para desenvolver o plano foi realizado uma grande coleta de dados. Entre eles a população, às tendências de crescimento e as características do município. Também foi feito um levantamento detalhado sobre a rede de água.
Os dados apresentados na quarta-feira, são uma versão preliminar do plano. Agora deve sair a versão final, e um projeto de lei que deverá ser analisado e votado pela Câmara de Vereadores. A Estação de Tratamento de Esgoto deverá ser instalada no Bairro Ribanceiras. O engenheiro Luiz Alberto Duarte, da Notus Engenharia, garante que o sistema a ser implantado não trará problemas de odores, e que será desenvolvido em etapas para evitar o colapso da mobilidade urbana.
Rede coletora
Atualmente 95% da população de São João Batista é atendida pela rede de água do Sisam. Os 5% fora da rede estão conectadas a sistemas independentes de abastecimento. A autarquia tem projeto, para que até o fim de 2013, toda a população esteja ligada ao sistema. A captação hoje é de 63 litros por segundo, em 2032 serão necessários 129 litros por segundo de água bruta para atender a cidade.
De acordo com o engenheiro Luiz Alberto Duarte, da Notus Engenharia, a reservação necessária atual é de 1.926 milhões de litros e em 2032 serão necessários 3.556 milhões de litros. No caso do esgotamento sanitário, São João Batista não possui rede coletora. “Estamos numa situação que não tem nada de sistema coletivo”, afirma Duarte.
São João Batista já possuía um projeto de esgoto sanitário. Segundo o engenheiro, com base no orçamento de 2012, tinha um custo total de R$ 38 milhões. Ele não foi totalmente elaborado, os complementares não foram feitos, o cálculo estrutural e o projeto elétrico. Agora está sendo atualizado. Os custos estão sendo revisados, pois o município pode obter recursos Federais para a execução.
O projeto
O plano está divido em etapas. A Estação de Tratamento será construída no Bairro Ribanceiras. A margem direita do Rio Tijucas será a primeira a ser atendida, a segunda etapa vai beneficiar a margem esquerda. De acordo com o engenheiro Luiz Alberto Duarte, é importante que o projeto seja executado em partes, para evitar o colapso da mobilidade urbana.
“Não dá para fazer tudo de uma vez. Primeiro a cidade não terá recursos, em segundo ninguém vai aguentar, pois vai dar um caos urbano”, afirma. Foi analisado todos os pontos onde a rede vai entrar em terrenos particulares, públicos e onde vão ficar as elevatórias. Ele também garante que o sistema não vai provocar odores. Segundo o engenheiro, toda a rede será assistida por geradores de energia, para evitar que o processo de tratamento pare.
Ainda existe um longo caminho até que o projeto seja colocado em prática. Além da aprovação da Lei e a sanção do prefeito, terá todo o processo de captação de recursos junto ao Governo Federal.
Fonte: Assessoria de Imprensa – Prefeitura de São João Batista