Playing For Change participa de oficina de Maracatu em referência ao mês da Consciência Negra
O Instituto Playing For Change participou no sábado, 2, da Oficina de Baque Virado com o mestre Chacon Viana, da Nação Porto Rico de Recife, em Balneário Camboriú. O evento é promovido pelo Maracatu Nova Lua e ocorre em celebração aos oito anos do grupo e ao mês da Consciência Negra.
O Maracatu é um movimento da cultura popular que envolve música, dança e história e é considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil desde 2014. Surgiu em Pernambuco no período colonial e remete à cultura africana, indígena e portuguesa.
As oficinas de Maracatu acontecem no Instituto Playing For Change desde o início da atuação do projeto. Em 2018, foi fundado o Maracatu Novo Ciclo, grupo do projeto e ministrado pela professora Grace Ketlyn Efigenio Leite, moradora da comunidade de Cajuru, em Curitiba.
“Durante as aulas no Instituto Playing For Change percebo o envolvimento dos alunos em detalhes do dia a dia, como a criação de repiques espontâneos ou a capacidade de aprender uma técnica apenas observando ou ouvindo uma vez. São pequenas coisas que, no final das contas, fazem a diferença, assim como uma participação mais ativa. O desenvolvimento no Maracatu é algo muito pessoal, alguns evoluem significativamente em poucos meses de dedicação, enquanto outros encontram mais dificuldades em algumas técnicas”, conta a professora.
O Instituto Playing For Change é um projeto social que atende crianças e adolescentes, entre 7 a 17 anos, no bairro Cajuru, em Curitiba. “Desde 2015, oferecemos atividades no período do contraturno escolar como aulas de percussão, canto, dança e teatro, mas também um aprendizado que conecta esses jovens à cidadania, à educação ambiental e à preparação para o mercado de trabalho. Nosso objetivo é inspirá-los, utilizando a música e a educação como ferramentas de socialização e desenvolvimento pessoal”, explica Virgínia Martins, diretora do Instituto Playing For Change.
Além da Oficina de Baque Virado, o Maracatu Nova Lua promoveu na sexta-feira, 1, a roda de conversa “Na Gira com o Mestre”, que apresentou a fundamentação do Maracatu e a religiosidade que rege esta manifestação, e no domingo, 3, um cortejo com a modalidade, realizado a partir dos Molhes da Barra Norte.