X
X

Buscar

PM de Brusque adquire equipamento para fiscalizar películas em veículos

Comando informa que aparelho será usado nas blitze no município

O subcomandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, major Heintje Heerdt, apresentou à imprensa nesta quinta-feira, 8, o luxímetro – equipamento que mede a transparência de películas de veículos – adquirido pela corporação.

A PM de Brusque já havia informado que iria intensificar a fiscalização do uso de películas em novembro do ano passado. Contudo, o major explica que antes o serviço era feito com um aparelho cedido pela polícia de Indaial.

Neste ano, a compra de um equipamento estava nos planos, por isso, segundo o subcomandante, o batalhão investiu R$ 9,5 mil na aquisição.

O dinheiro para a compra veio do convênio de rádio patrulha firmado com a Prefeitura de Brusque. Trata-se de um valor elevado devido à precisão do aparelho, esclarece o subcomandante.

O major explica que o Policial Militar não pode autuar um veículo a “olho nu”, salvo nos casos em que a película não tem chancela ou então é de outra cor além de preto. Para ter embasamento legal, é imprescindível o uso do luxímetro.

O aparelho será usado nas blitze pela cidade. O sargento Rodnei de Oliveira, que demonstrou o uso do equipamento à imprensa, explica que o procedimento adotado pela PM é verificar os veículos parados.

“Assim que abordar, o policial vai ter na mão o luxímetro em que vai medir cada vidro. Caso o cidadão quiser acompanhar a medição, ver quanto vai dar, fique à vontade”, explica o sargento.

Ele explica que os limites determinados pela lei são: películas traseiras e laterais traseiras devem ter transparência mínima de 28%; laterais dianteiras, 70%; para-brisas, 70 no caso de vidro color e 75%, incolor. Ônibus, utilitários e outros tipos de veículo devem seguir as mesmas regras.

A punição para quem for flagrado é uma infração grave, o que leva a cinco pontos na carteira e multa de R$ 195,23. O subcomandante explica que o policial analisará o caso, mas o ideal é que se dê um tempo ao condutor abordado para que ele compareça posteriormente ao batalhão sem a película.

O subcomandante avalia que mandar retirar no local pode gerar uma situação constrangedora desnecessária, por isso, na medida do possível, a PM dará alguns dias para a resolução do problema. Mas a multa e os pontos estão mantidos.

Aparelho mede a transparência dos vidros | Foto: Marcos Borges

Motivos
O major Heintje explica que a intensificação na fiscalização das películas é uma necessidade identificada pela PM. Ele afirma que a película pode ser mal usada, com o intuito de acobertar ações criminosas.

“Observamos situações em que o uso excessivo de película gerou problemas. O primeiro problema é de segurança pública, pois muitos criminosos, por exemplo, caixeiros e ladrões de residências usam películas por motivo óbvio, para evitar ser visto pela PM e pelo cidadão”, diz o subcomandante.

Outra situação é trânsito violento de Brusque. “Brusque é a quinta cidade mais segura do país, mas no trânsito é um caos, todo ano morrem de 15 a 20 brusquenses. Um dos fatores que contribuem é o uso irregular da película. Porque apesar de proteger do sol e gerar mais conforto, prejudica muito a visibilidade, principalmente, no período noturno, que é quando tem mais acidentes com mortes”, completa Heintje.