Poço sem fundo
Na semana passada, descobri que existe um grupo musical
feminista, denominado “Putinhas Aborteiras”, com um repertório “funk” de causar
nojo e arrepios. Até aí tudo bem. O que não falta no Brasil são imbecis
produzindo e postando na internet todo tipo de lixo. O problema é o logotipo da
“Tve”, no lado esquerdo superior: as tais “putinhas” estavam desfiando suas
sandices num canal público, destinado à Educação!
A primeira letra diz que “se o papa fosse mulher o aborto
seria legal”, além de outras obscenidades. Outras letras são absolutamente pornográficas
e desaconselháveis para qualquer pessoa com alguma formação moral, quanto mais
para crianças e adolescentes. Mas uma TV que faz parte do sistema público de
televisão, cuja função é educar, abre espaço para essa degradação.
Isso mostra a verdadeira face da “revolução cultural” que foi
muito bem revelada no livro “Maquiavel Pedagogo”, de Pascal Bernardin. Nessa
nova onda “educacional”, o objetivo não é a formação intelectual sólida do
indivíduo, mas a mudança da mentalidade e do comportamento. Trata-se de uma
des-educação moral que, de modo muito vigoroso, vem sendo implantada. A
apresentação das “Putinhas Aborteiras” na TV Educativa é o carimbo dado pelo
próprio sistema a essa teoria.
Trata-se de um ato de corrupção talvez mais grave que a
roubalheira da Petrobrás. Ao invés de discutir racionalmente o tema do aborto,
apelam para a propaganda debochada, uma vez que os argumentos favoráveis a esse
crime são mais furados que peneira. Mas uma geração “analfabetizada” e sexualizada ao extremo não
pode ser atingida por argumentos racionais, nem por uma formação moral
consistente. E aí esses “revolucionários” da cultura, que vão das pedagogias “progressistas”
a Marta Suplicy (a arquiduquesa dessa degradação toda), se sobrepõem a qualquer
resistência.
Como católico, não pago impostos para ver o líder maior da
minha Igreja sendo vilipendiado num canal público, nem para que os valores
morais que prezo sejam atirados ao lixo em rede nacional. Sinto que os
religiosos, sobretudo católicos, estejam assistindo passivos a esses
espetáculos. Alguns por pura inércia, outros talvez por pensarem que isso seja
parte da tal “libertação dos oprimidos”, que tanto defendem.
Posto o link para o vídeo no blog do jornal e solicito que as
pessoas de bem o assistam (desde que não haja crianças por perto). Nossa
conscientização é uma arma poderosa contra esse tsunami de imoralidade que nos
assola, e que está enraizado nas políticas públicas de Educação.