Como muitos sabem – quem não sabe, vai ficar sabendo – eu sou um poeta de internet e o que me inspirou a escrever este texto foi a minha última semana: entrei para um grupo com mais pessoas que escrevem poesia para o mundo virtual e fiquei ainda mais fascinado por esse universo. Agora vamos lá! Tem textão por aí…

Neste texto vou juntar duas coisas que eu amo: poesia e internet. Por favor, não levem o termo “poesia” no sentido apenas de “poema”, mas, sim, de algo que faz refletir, algum escrito que transmite algo bom, alguma imagem que você olha e pensa: “caramba!”, a própria música que recita sentimentos com melodia etc. Isso é poesia, pelo menos para mim. O termo “internet” eu não preciso reconstruir, é a plataforma virtual mesmo. Sem mais delongas, vamos ao que interessa: a junção dos meus dois amores.

Se você, caro leitor(a), vive no mesmo mundo virtual que eu, provavelmente já percebeu o tanto de páginas que estão ligadas a poesia no facebook, em blogs, tumblr, enfim, são várias as ferramentas utilizadas para compartilhar sentimentos. Muitos compartilham os clássicos, outros aproveitam a plataforma para mostrar o próprio trabalho enquanto poeta. Estes serão meu foco hoje, neste texto.

Retomando o pedido que fiz no início do texto sobre o termo “poesia”, vemos que há poetas designers, poetas escritores, poetas cantores, poetas que preferem textos longos, poetas que preferem textos curtos, poetas que preferem somente imagens, poetas que estão juntos de algum instrumento musical, poetas de todos os tipos. Todos querendo buscar espaço, mostrar trabalho e trazer a poesia para o cotidiano das pessoas. Alguns mais reconhecidos que os outros, mas todos por uma mesma razão: a poesia.

Entretanto, assim como todas as coisas, isso não agrada a todos. Você deve estar pensando: “sim, tem gente que, realmente, não gosta de poesia”. Talvez você seja uma pessoa que não gosta de poesia, mas, não, eu não falo de pessoas que não gostam de poesia em si. Falo daqueles que amam a poesia, mas não gostam de vê-la publicada na internet e criticam os autores virtuais. Pessoas que preferem o modo antigo, o estilo clássico, a poesia dos séculos passados. Pessoas que, de fato, não aceitam que a poesia tenha uma plataforma que não seja um livro, ou pior: por um autor que não seja renomado ou que tenha a internet como único lugar de publicação.

O que vou colocar aqui não é questão de intolerância, não me entendam mal. Pessoas assim têm todo direito de pensar dessa forma, de amar o estilo clássico, afinal, ele é maravilhoso, porém, eu, Vitor, penso de uma maneira mais aberta. Se partirmos da ideia de que dos séculos passados pra cá muita coisa evoluiu, muita coisa aconteceu, seria egoísmo nosso não dar a mesma chance para a poesia. A internet é um mar de tudo e a poesia está englobada nisso. Poetas de internet são, sim, poetas! O trabalho dos poetas de internet são, sim, poesia!

É muito bom ver que a poesia está se adaptando, aos poucos, à atualidade, afinal, falava-se que ela corria o risco de acabar, uma vez que o interesse das pessoas estava diminuindo cada vez mais.

Portanto, é preciso abrir espaço para a nova geração de poetas, para a nova geração da poesia.

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Vitor Hochsprung – 18 anos – Letras – FURB