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“Polêmica onde não precisa”: Luciano Hang se manifesta sobre PEC do fim da jornada 6×1

Nota foi divulgada na manhã desta quinta-feira, 14

O empresário Luciano Hang se manifestou sobre a PEC que discute o fim da jornada 6×1. A manifestação ocorreu por meio de uma nota enviada pela assessoria de Hang na manhã desta quinta-feira, 14.

Na nota, Hang afirma que acompanha as discussões sobre a proposta e diz que “estão criando uma polêmica onde não precisa”. Na visão do empresário, os parlamentares deveriam solucionar problemas já existentes ao invés de criar outros que possam prejudicar os trabalhadores.

“O brasileiro não quer trabalhar menos. Ele quer, acima de tudo, viver melhor, com mais conforto, mais segurança, saúde, educação e independência. Quer ter uma melhor condição de vida e não viver de esmolas do estado”, diz.

Visão dos funcionários da Havan

Outro ponto que Hang aborda é a visão dos funcionários da Havan sobre a mudança. Ele diz que, em conversa com os colaboradores, percebe que grande parte deles deseja se desenvolver na carreira, e busca a segurança de uma renda fixa e um ambiente de trabalho estável.

“Recentemente, na inauguração de uma loja Havan no Rio Grande do Sul, uma colaboradora me disse ‘prefiro trabalhar aos domingos do que pedir emprego na segunda-feira’. Esse comentário reflete aquilo que as pessoas querem”.

Ele também explica que, por meio de um levantamento realizado pela equipe da empresa, uma mudança na jornada 6×1 geraria um custo adicional de 70%, o que afetaria os consumidores com preços mais altos. Além disso, ele também diz que a empresa precisaria criar outro turno para uma jornada 4×3 existir.

“Na realidade, os empresários são meros repassadores de custos e isso recai sobre a população que perde parte do valor real dos salários. Até porque é praticamente impossível diminuir a jornada de trabalho sem reduzir os salários”, detalha.

“Com isso, surge um novo problema, porque hoje o mercado não conta com mão-de-obra disponível. Com 6% de desemprego, muito dessa falta de colaborador é impactada por problemas das ajudas governamentais, em as pessoas não querem mais trabalhar com carteira assinada”.

Confira a nota na íntegra:

“Tenho acompanhado as discussões em torno da jornada de trabalho 6×1 e vejo que estão criando uma polêmica onde não precisa. Os parlamentares deveriam estar mais preocupados em solucionar os problemas já existentes ao invés de criar uma nova situação que pode impactar diretamente a vida dos trabalhadores e também a sustentabilidade das empresas.

O brasileiro não quer trabalhar menos, ele quer, acima de tudo, viver melhor, com mais conforto, mais segurança, saúde, educação e independência. Quer ter uma melhor condição de vida e não viver de esmolas do Estado.

Ao conversar com nossos colaboradores, percebo que a maioria deseja oportunidades para trabalhar, crescer e se desenvolver. Recentemente, na inauguração de uma loja Havan no Rio Grande do Sul, uma colaboradora me disse: “Prefiro trabalhar aos domingos do que pedir emprego na segunda-feira”. Esse comentário reflete aquilo que as pessoas querem, que é a segurança de uma renda fixa e um ambiente de trabalho estável.

Nossa equipe de Recursos Humanos fez um levantamento que apontou que, uma possível mudança na jornada 6×1, geraria um custo adicional de 70%. Isso de uma hora para a outra. O que não afetaria apenas as empresas, mas também os consumidores, que enfrentariam preços mais altos. E sabemos que quando a inflação aumenta, impacta nos preços dos produtos, destruindo o poder de compra das famílias, especialmente as de menor renda.

Na realidade, os empresários são meros repassadores de custos e isso recai sobre a população que perde parte do valor real dos salários. Até porque é praticamente impossível diminuir a jornada de trabalho sem reduzir os salários.

Se nós, na Havan, trabalhamos com 6×1, para eu fazer uma jornada 4×3 precisaria colocar outro turno. Mas, com isso, surge um novo problema, porque hoje o mercado não conta com mão-de-obra disponível. Com 6% de desemprego, muito dessa falta de colaborador é impactada por problemas das ajudas governamentais, em as pessoas não querem mais trabalhar com carteira assinada.

Falo sempre que nos Estados Unidos, por exemplo, não tem nada disso. Não tem o Estado tutelando toda a economia. E eu pergunto: hoje tem mais brasileiros indo trabalhar nos EUA ou tem mais americanos querendo trabalhar no Brasil?

Em vez de discussões populistas, que servem para dividir a população em contra e a favor, colocando as pessoas contra os empresários, acredito que o foco deveria ser construir caminhos para garantir a estabilidade e o desenvolvimento para todos.

Não se pode resolver os problemas das pessoas com uma canetada. Isso é posição de burocratas. Afinal, se fosse tão simples assim, bastaria, por exemplo, aumentar o salário mínimo para R$ 10 mil por mês que todos comeriam picanha e viajariam para o exterior nas férias. Só que, na prática, um salário maior requer uma produtividade também maior. Isso só ocorre com educação e qualificação do profissional.

Novamente, o que vemos é uma polêmica desproporcional, onde estes parlamentares estão desconexos com a realidade dos problemas do Brasil.”

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