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Polícia Civil abre inquérito para investigar caso de racismo após jogo entre Brusque e Criciúma

Delegado explica motivo de torcedor do Brusque não ter sido preso em flagrante

A Polícia Civil de Brusque abriu um inquérito para investigar o caso do torcedor do Brusque suspeito de racismo contra o goleiro do Criciúma, Caíque, no estádio Augusto Bauer. O atleta teria sido chamado de “macaco” pelo torcedor após o apito final da partida, que aconteceu no sábado, 8.

De acordo com o delegado Odair Rogério Sobreira Xavier, o inquérito apura suposta prática de crime de injúria racial, “previsto na lei que define os crimes de racismo e preconceito”, conforme esclarece.

O delegado também explicou que o torcedor não foi preso em flagrante no estádio Augusto Bauer em razão da lei prever a necessidade de elementos probatórios robustos para que seja justificada a prisão.

“No caso em questão, diante da divergência dos relatos e da ausência de outros elementos de provas, como a ausência de testemunhas e a própria súmula do jogo, optou-se pela instauração de um inquérito policial para a devida apuração dos fatos”.

Torcedor nega crime

Daniel Alexandre, torcedor do Brusque acusado de ter proferido ofensas racistas contra o goleiro do Criciúma, refutou ter cometido este crime. Ao jornal O Município, ele admitiu ter proferido uma série de ofensas contra Caique, mas que não utilizou termos racistas.

“Não falei nada. Xinguei ele, sim, de v*ado, galhudo, corno, como 500 torcedores que estavam do meu lado estavam xingando, mas em nenhum momento fui racista”, disse.

Assista ao vídeo

Confira nota completa da Polícia Civil

A Polícia Civil de Santa Catarina informa que, em relação aos fatos ocorridos no último dia 8 de fevereiro de 2025, durante a partida entre Brusque e Criciúma, no estádio localizado na avenida Lauro Müller, no município de Brusque, foi instaurado um inquérito policial para apurar a suposta prática do crime de injúria racial, previsto na lei que define os crimes de racismo e preconceito.

No momento da ocorrência, a guarnição da Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência de injúria racial feita por um torcedor contra o goleiro da equipe do Criciúma, Caique Luiz Santos da Purificação.

Segundo relato do jogador, ele teria sido chamado de “macaco” pelo torcedor do Brusque presente no estádio. A guarnição conduziu os envolvidos até a Polícia Civil para melhor análise dos fatos e os devidos procedimentos.

A Polícia Civil esclarece que, após a análise preliminar dos fatos e registro do boletim de ocorrência, optou-se por não efetuar a prisão em flagrante do suspeito, uma vez que a lei prevê a necessidade de elementos probatórios claros e robustos que justifiquem essa medida de urgência.

No caso em questão, diante da divergência dos relatos e da ausência de outros elementos de provas, como a ausência de testemunhas e a própria súmula do jogo, optou-se pela instauração de um inquérito policial para a devida apuração dos fatos.

O inquérito policial foi formalmente instaurado na 1ª Delegacia de Polícia de Brusque, onde todas as provas serão analisadas, testemunhas serão ouvidas e eventuais imagens de câmeras de segurança serão requisitadas para elucidar a ocorrência.

Caso a investigação confirme a prática do crime, o suspeito será devidamente indiciado e o inquérito policial encaminhado para prosseguimento pelo Ministério Público e Poder Judiciário, podendo ser condenado a uma pena de 2 a 5 anos de prisão e multa.

A Polícia Civil reforça seu compromisso com a apuração rigorosa dos fatos, garantindo que sejam esclarecidos com isonomia e o devido respeito aos parâmetros legais.

Brusque, 10 de fevereiro de 2025.

Atenciosamente,

Odair Rogério Sobreira Xavier
Delegado de polícia
Titular da 1ª Delegacia de Polícia de Brusque

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