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Polícia Civil de Brusque recupera cerca de meio milhão de reais de roubos e furtos em 2022

Cidade registra aumento do número de roubos em vias públicas

A Divisão de Furtos e Roubos da Polícia Civil de Brusque recuperou aproximadamente meio milhão de reais durante o ano de 2022. A divisão representa a área especializada na investigação de crimes patrimoniais, ou seja, furto, roubo e receptação.

O delegado Fernando Luís de Farias aponta que, dentre os bens recuperados, destacam-se 53 armas de fogo, 30 máquinas de costuras, 80 celulares, cinco televisões, grande quantidade de ferramentas diversas e grande quantidade de produtos têxteis (como lençóis e fronhas).

De acordo com relatório da Polícia Civil, que compreende ocorrências de 1º de janeiro a 7 de dezembro, em relação aos roubos em residências e comércios o índice de resolutividade foi de 67% e 88%, respectivamente.

Ainda, foram realizados 1.250 boletins de ocorrências na divisão e foram abertos 101 inquéritos policiais, quatro termos circunstanciados, quatro autos de prisão em flagrante e foram encaminhados 59 procedimentos.

O documento ressalta que, além dos registros, foram 46 autos de prisão em flagrante de furto e 13 autos de prisão em flagrante de roubo encaminhados à unidade para continuidade das investigações após a prisão de seus suspeitos no regime de plantão.

“São casos que, apesar de ter havido a prisão em flagrante de suspeitos, há a necessidade de aprofundar as investigações para identificar outros envolvidos ou a recuperação de bens, etc”, detalha o delegado.

Em comparação com o ano passado, a cidade registrou aumento dos casos de roubo. Em 2021, foram 62 casos registrados, neste ano foram 66.

Além disso, o valor recuperado em 2021 foi maior: R$ 887.194,00. “No ano passado, somente em um inquérito, arrecadamos aproximadamente R$ 400 mil no caso da Operação Fio Solto. Neste ano, as apreensões foram mais diversificadas, em vários casos. Importante esclarecer que todos esses bens voltaram para as vítimas, nada fica sem destinação. Não tem nada em depósito”, explica Fernando.

Casos de repercussão

A Polícia destaca a investigação realizada no segundo semestre de 2022 que recuperou mais de 50 armas de fogo furtadas do interior do estabelecimento comercial, no Centro.

“Essa foi uma ação extremamente rápida. O furto aconteceu por volta das 4h, a vítima tomou conhecimento por volta das 9h, quando abriu a loja, e por volta das 16h já havíamos realizado a prisão de duas pessoas na cidade de Joinville. Às 21h havíamos descoberto o esconderijo e localizado praticamente todas as armas e munições subtraídas”, conta Fernando.

O delegado ressalta que este não foi o único caso de repercussão. Em 5 de novembro, houve um arrombamento de uma empresa que comercializa máquinas de costura no bairro Guarani. No local foram levadas 38 máquinas.

“Após a investigação, identificamos que os autores eram de Camboriú, porém haviam transportado as máquinas para a cidade de Guabiruba. Localizamos o esconderijo e quando os autores vieram fazer o resgate das máquinas, no dia seguinte ao furto, fizemos a prisão em flagrante, sendo recuperadas 30 das 38 máquinas subtraídas”, continua.

Roubos a pedestres

Segundo o delegado, houve redução significativa em relação aos roubos em residências em 2022. No ano passado, foram registradas 11 ocorrências, sendo todas resolvidas, já neste ano foram seis roubos, sendo quatro resolvidos.

Além disso, houve a redução em relação aos roubos em comércio, sendo que em 2021 foram 15 roubos e em 2022 foram oito.

Entretanto, ele ressalta que neste ano houve um aumento em relação aos roubos em via pública, ou seja, contra pedestres. Em 2021, foram registrados 35 roubos. Já em 2022 foram 49 roubos, sendo que 17 deles foram resolvidos.

Fernando conta que a maioria dos casos dizem respeito a roubos de aparelhos celulares. “Em relação a esses crimes, a Divisão de Furtos e Roubos apurou que em três casos houve em que as vítimas noticiaram falsamente o roubo, com a finalidade de praticar golpe contra o seguro”, aponta.

Segundo ele, as empresas que comercializam celulares também vendem o seguro. Porém, a seguradora somente faz a indenização nos casos de roubos, quando há violência ou grave ameaça. “Nesse sentido, houve um aumento nos registros de roubos de celulares, onde os noticiantes estavam com a intenção de fraudar o seguro, registrando um delito inexistente”, continua.

Quando a Divisão de Furtos e Roubos confirma que essa era a intenção, a pessoa que noticiou falsamente o crime responde pelos crimes de falsa comunicação de crime e/ou estelionato. A pena para falsa comunicação é de 1 a 6 meses de detenção e para estelionato é de 1 a 5 anos.

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