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Polícia Civil indicia Kelber Pereira por homicídio qualificado em caso de morte de garota de programa em Gaspar

Ele também é principal suspeito de assassinar mulher e filho de três meses

Kelber Pereira, suspeito de matar companheira Jéssica Ballock, de 23 anos, e o filho de três meses, em Blumenau, agora está indiciado criminalmente por outro homicídio.

A Polícia Civil indiciou Kelber por homicídio duplamente qualificado pela morte de Carine Silva da Rosa, 36 anos, garota de programa que teve o corpo encontrado por um casal de ciclistas em uma mata na rua Theobaldo Anselmo Sansão, no bairro Poço Grande, em Gaspar. A morte de Carine ocorreu antes da morte de Jéssica e do filho.

As qualificadoras foram impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio, furto (pois ele teria levado o celular da vítima) e ocultação de cadáver.

Kelber Henrique Pereira segue detido no Presídio Regional de Blumenau enquanto responde pelo homicídio da mulher e do filho.

Investigação 

Um mês após o crime, câmeras de segurança comprovaram que Kelber saiu de um motel com o corpo de Carine no banco do carona. Testemunhas e amigos confirmaram que ela era garota de programa para auxiliar no custeio das despesas dos quatro filhos.

Funcionários do motel relatam não ter ouvido qualquer barulho suspeito. A Polícia Civil  havia pedido a prisão temporária de Kelber para seguir com as investigações. Entretanto, o Poder Judiciário não acatou. Buscas e apreensões foram feitas em Blumenau, mas inicialmente ele não foi encontrado.

Após novas buscas, Kelber foi localizado no endereço onde morava com Jéssica e os filhos. Inicialmente ele negou envolvimento com o crime, mas após ver as provas assumiu que se relacionava sexualmente com a vítima.

Ele negou ter matado Carine e afirmou que ela passou mal e acabou falecendo dentro do motel. Em desespero, especialmente por ter acabado de ter o segundo filho, ele decidiu se desfazer do corpo.

Posição da defesa

O advogado de Kelber, Rodolfo Warmeling, afirma que recebeu com surpresa este indiciamento. “Entendemos que não existem elementos concretos que indiquem o Kelber como autor do homicídio, inclusive diante do próprio laudo cadavérico realizado pelo IML que apontou a causa morte como desconhecida e destacou que não há sinais de violência”.

Segundo Rodolfo, agora a defesa aguarda para a sequência dos procedimentos e prepara a representação do indiciado. “Vamos aguardar os demais desdobramentos do processo, os pedidos de diligências por parte do Ministério Público e alegar durante eventual instrução processual a verdadeira dinâmica dos fatos que pesam em desfavor do acusado”, finaliza.

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