Polícia Civil registra mais de 1,5 mil casos de estelionato na região de Brusque em 2023
Tendência é de que haja uma estabilidade nos números até o final do ano
Tendência é de que haja uma estabilidade nos números até o final do ano
A região de Brusque já registrou 1.504 casos de estelionato entre janeiro e junho deste ano, segundo a Polícia Civil. Deste total, Brusque registrou 1.067 casos; São João Batista 183; em Guabiruba foram 158 casos; em Botuverá foram 21 e Nova Trento 75.
Brusque também liderou o número de casos em 2022. Na ocasião foram registrados 2.619 estelionatos no município.
Observando os números, é possível ver que até junho deste ano os números de casos são menores que a metade do total do ano passado. Levando isso em conta, a polícia acredita em uma estabilidade nos números.
“Em 2023, há essa tendência [de estabilidade], mas os números ainda são elevados. Essa é uma das razões para a criação de uma unidade para combate aos crimes cibernéticos, sediada em Florianópolis, conforme anunciado pela Delegacia-Geral”, diz o delegado regional de Brusque, Fernando de Faveri.
Os golpes mais frequentes são os seguintes: clonagem do WhatsApp, anúncios fraudulentos de compra e venda de veículos, duplicação de perfis no WhatsApp, compras online em geral, falsos empréstimos, clonagem de cartões e golpes relacionados a anúncios de imóveis.
Segundo a polícia, criminosos têm evitado encontros presenciais. Em Brusque, o delegado destaca que houve um aumento durante a pandemia, sem uma consequente redução após o seu controle.
“É importante mencionar que não se descarta uma cifra oculta nos registros, ou seja, uma diferença maior de casos quando comparados aos registros oficiais. Isso ocorre porque, diferentemente do furto ou roubo, a vítima de estelionato, às vezes, se sente parte da fraude por conta da ingenuidade, dependendo do caso concreto, motivo pelo qual deixa de registrar a ocorrência. Isso diminuiu com a Delegacia Virtual, mas ainda assim se faz presente”, diz o delegado.
De qualquer modo, é essencial que as vítimas fiquem atentas, sobretudo em suas redes sociais, para evitarem ser vítimas de golpes.
De acordo com as autoridades estaduais, o Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial de Santa Catarina analisa os dados de estelionato semanalmente. Conforme uma pesquisa realizada pela Dini, descobriu-se que 97% desses casos poderiam ter sido evitados se as vítimas tivessem conhecimento sobre os golpes.
Neste sentido, a Polícia Civil de Santa Catarina produziu o “Proteja-se de golpes”, conteúdo informativo completo como prevenção. O material elenca 17 tipos de golpes praticados no estado e no país e está disponível no site da Instituição www.pc.sc.gov.br e redes sociais.
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