Polícia Federal desarticula esquema criminoso de fraudes contra o INSS em Tijucas
Operação Contagem Regressiva apura fraudes em processos de contagem de tempo de serviço para aposentadorias
A Polícia Federal e a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia deflagraram na manhã desta quarta-feira, 23, a Operação Contagem Regressiva.
Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, em um endereço comercial e um residencial localizados em Tijucas.
O objetivo da operação é desarticular esquema criminoso especializado em reconhecimento de tempos de serviço inexistentes visando a obtenção fraudulenta de benefícios previdenciários.
Segundo as investigações, iniciadas em 2019, através da inserção de informações falsas em sistemas da Previdência Social, especialmente vínculos empregatícios fictícios com diversas empresas do estado, inclusive inativas, por meio do encaminhamento extemporâneo de Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP).
O grupo investigado propiciou a dezenas de pessoas o reconhecimento de tempo de serviço inexistente. Dessa forma, as pessoas poderiam solicitar benefícios previdenciários previstos em lei. Entre eles, aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez e auxílio-doença e seguro-desemprego.
Conforme apurado, a organização investigada atuava na inserção de vínculos falsos via GFIPs desde 2011. O prejuízo estimado com o pagamento dos 63 benefícios identificados, até o momento, com indícios de fraudes é de aproximadamente R$ 2,8 milhões.
A deflagração da operação permitirá a revisão dos benefícios e que se evite um rombo aos cofres do INSS no valor aproximado de R$ 12 milhões. Esse valor considera a expectativa de vida dos segurados e calculado a partir das Tabelas de Mortalidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Caso confirmada a participação de cada um dos investigados em inquérito policial em andamento, os envolvidos serão indiciados por prática dos crimes de estelionato previdenciário, falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva e organização criminosa.