Polícia Militar de Brusque ganha reforço de 16 novos policiais
Cidade passa a contar com os novos soldados no policiamento ostensivo, após retorno da Operação Veraneio
A partir desta sexta-feira, 9, a Polícia Militar de Brusque passa a contar, efetivamente, com mais 16 novos soldados para o trabalho operacional. Após o término da Operação Veraneio no litoral, na segunda-feira, 6, os policiais retornaram para o município para iniciar o trabalho ostensivo. Os novos soldados, oriundos da turma do curso de formação de dezembro do ano passado, foram apresentados na tarde desta quinta-feira, 9, na sede do 18º Batalhão da PM.
Com a chegada dos novos policiais, haverá uma reestruturação no policiamento, com a distribuição de policiais nos pontos em que são avaliados pelo comando como os que têm maior número de ocorrências. Entre os locais estão: Centro, Dom Joaquim, região de Águas Claras, Santa Terezinha, Limeira e Limoeiro. “Faremos reforços nas guarnições do PPT [Pelotão de Patrulhamento Tático], Rocam [Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas] e a própria Rádio Patrulha”, informa o comandante do 18º BPM, tenente-coronel Moacir Gomes Ribeiro.
O comandante afirma que a chegada dos 16 novos policiais não supre a demanda do município por existir uma defasagem muito grande. “Precisaríamos de mais 50 policiais para ser condizente com o número de ocorrências que temos. Mas claro que isso já é um começo”, diz. Ele ressalta que para o batalhão, o novo efetivo é um alívio, pois será possível reforçar os pontos de policiamento em que há maior necessidade. “O incremento do policiamento e da cobertura territorial será maior”, afirma.
Além disso, Gomes informa que haverá mudanças nos horários de trabalho para algumas guarnições. Os policiais trabalharão nos períodos em que, estatisticamente, as ocorrências policiais são mais significativas.
O presidente da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Halisson Habitzreuter, esteve presente na solenidade e afirma que a quantidade de novos policiais para o batalhão foi satisfatória. “Agradecemos ao governo do estado por essa distribuição dos 500 policiais que se formaram no ano passado. Mas, no contexto geral do nosso batalhão, o efetivo total ainda é insuficiente. Temos capacidade para receber mais e precisamos de mais policiais”.
Com o início do novo curso de formação de soldados, previsto para maio, Habitzreuter espera que, novamente, um número expressivo seja destinado para a região de Brusque. “Nossa região é muito próspera e de grande influência econômica no estado. Então queremos ser reconhecidos por isso, com a distribuição de mais soldados”, avalia.
Ao todo, para o 18º BPM, foram destinados 29 policiais: 16 para Brusque, dois para Guabiruba, um para Botuverá e outros dez para Ilhota e Gaspar. Com a vinda dos novos policiais, o efetivo total de Brusque fica em torno de 104 policiais. Mas, segundo Gomes, o ideal para atender a população seria de 150 a 180 militares.
Luta continua
Mesmo com a chegada dos novos policiais, o comandante da PM e o presidente da Acibr afirmam que não deixarão de ir em busca de mais efetivo para os municípios que pertencem ao Batalhão. Além disso, a luta pela implantação de uma escola de formação de soldados em Brusque será reforçada.
Em 2016, as entidades empresariais, classe política e comando do 18º BPM fizeram diversas comitivas ao comando-geral da PM e ao governo do estado solicitando a escola em Brusque. Porém, não foram atendidos.
Neste ano, assim que o governador Raimundo Colombo anunciou a contratação de mais um mil novos policiais, os empresários voltaram a se reunir com o comando do batalhão para, novamente, pedir que o curso de formação ocorra em Brusque.
Para o tenente-coronel Gomes, a importância da escola de soldados no município é que, ao fim do curso, a probabilidade dos policiais ficarem em Brusque é maior. “Por isso, conclamo a sociedade organizada, a Acibr, CDL e prefeitura, para que possamos buscar a escola junto ao comando geral e ao governo do estado. É difícil, mas temos que lutar por ela, pois é essencial a vinda desses alunos”, afirma.
O presidente da Acibr opina que após a negativa do ano passado, Brusque tem ainda mais direito de receber a escola de formação. “Acreditamos que temos plenas condições de fazer essa formação, não pela quantidade, mas pela qualidade que temos no corpo de oficiais em Brusque. Além das instalações físicas e o envolvimento da comunidade brusquense com a sociedade civil organizada e classe política das nossas cidades”.