Polícia Militar detalha caso de acusação de assédio em jogo do Brusque
Denunciante é esposa e empresária do atacante Fernandinho, do Brusque
A Polícia Militar de Brusque deu detalhes sobre a ocorrência de acusação de assédio e agressão durante partida entre Brusque e Concórdia pela semifinal do Campeonato Catarinense neste domingo, 27. Na ocasião, a denunciante é a esposa e empresária do atacante Fernandinho, Bruna Miller.
Segundo a PM, o atendimento à Bruna foi feito no intervalo do jogo pelo cabo Igor, policial militar que estava no estádio. Ele informou que, quando procurado pela mulher, ela deu sua versão e afirmou que “queria somente que colocasse o homem para fora do estádio”, conforme detalhou a PM.
Em seguida, cabo Igor e Bruna foram em direção ao homem que teria cometido o assédio, identificado como Reginaldo Burigo. O objetivo era ouvir a versão dele para definir o procedimento a ser tomado, momento em que iniciou um bate-boca entre os envolvidos.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, Bruna estava exaltada e novamente pediu ao policial que colocasse Reginaldo para fora do estádio, retornando à arquibancada em seguida. O policial continuou indagando o suspeito sobre o ocorrido, lhe orientando que não retornasse à arquibancada coberta para não se incomodar e evitar maiores transtornos
A PM informou ainda que em nenhum momento a mulher apontou ao policial algum tipo de lesão física sofrida. O policial também disse que conversou com um segurança e um bombeiro, testemunhas que estavam na arquibancada coberta e que deram o primeiro atendimento.
Ambos relataram ao policial que houve somente um esbarrão entre Bruna e Reginaldo no corredor da arquibancada coberta, quando passaram a discutir, ocorrendo assim a intervenção das testemunhas na tentativa de resolver o possível desentendimento.
Neste momento, ela teria pedido a eles que o homem fosse retirado do estádio, o que não foi atendido por entenderem que não havia motivos para isso. No fim do jogo, o tenente-coronel Otávio Manoel Ferreiro Filho, que também estava no policiamento, foi chamado para atender mulher, pois ela estava exaltada e indignada.
Após ter sido acalmada pelo policial, relatou a ele o caso, alegando ter sido agarrada pelo homem, mostrando uma foto dele no celular. Foi orientado a ela a fazer um boletim de ocorrência e passar a foto para o tenente-coronel Otávio na intenção de identificar o suspeito, possibilitando assim ela a procurar seus direitos.
O que dizem os envolvidos
Em nota enviada à reportagem de O Município, Reginaldo, o acusado, alega que em nenhum momento agrediu Bruna e que, inclusive, jurou sequer ter tocado na mulher.
Representado pelo advogado Felipe Hort, ele informou que pretende mover um processo tanto na esfera criminal quanto na esfera civil contra Bruna.
Já a denunciante relatou em seus stories no Instagram que o policial e o segurança não tomaram atitudes para resolver a situação. Ela ressalta, ainda, que “foi uma agressão e todo mundo viu”.
“Tentaram me agarrar, o cara tentou me agredir, falou um monte de coisa, agrediu a minha irmã. Eu falei com um policial, falei com um segurança e ninguém fez nada”, disse Bruna.
“Eles acham que só homem tem direito. Eles acham que homem não é obrigado a respeitar mulher, e tudo passa batido. Só depois que acontecer alguma coisa de fato que alguém vai falar alguma coisa. Isto não pode ser aceito. Foi uma agressão e todo mundo viu”, continuou.
Receba notícias direto no celular entrando nos grupos de O Município. Clique na opção preferida:
• Aproveite e inscreva-se no canal do YouTube