Polícia Militar reduz efetivo do Proerd
Um PM deixou equipe do programa, que será mantido pelo comando do batalhão
Um PM deixou equipe do programa, que será mantido pelo comando do batalhão
A falta de efetivo obrigou o comando do 18º Batalhão de Polícia Militar a realizar mudanças no Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd). Um dos policiais que integrava a equipe teve de ser deslocado para o serviço nas ruas para suprir a demanda por mais policiamento na cidade. Apesar disso, o programa será mantido, conforme o tenente-coronel Moacir Gomes Ribeiro.
Atualmente, afirma o comandante da PM brusquense, a equipe de policiais militares que ministram as aulas do Proerd é composta por três efetivos e outros dois que também participam de outras atividades do batalhão. Juntos, os cinco cobrirão aproximadamente 90% das escolas das redes pública e privada que têm o quinto ano do Ensino Fundamental, diz Gomes. Eles atendem não só Brusque, mas também Guabiruba e Botuverá.
“Não vamos cancelar o Proerd. Vamos mantê-lo, principalmente, nas escolas maiores e nas localidades em que nós identificamos que há mais problemas de consumo de drogas”, afirma o tenente-coronel.
O problema de efetivo é história antiga em Brusque. Há anos os comandantes que passam pelo batalhão reclamam da falta de pessoal para dar conta de atender toda a região, especialmente a cidade sede do quartel, que é a maior das cinco abrangidas pelo 18º Batalhão da PM.
Há poucas semanas, inclusive, Gomes foi à Câmara expor a situação da segurança pública em no município e aproveitou a oportunidade para pedir o apoio dos vereadores para apelar ao governo do estado que envie mais soldados para Brusque. A situação, que não é a ideal, tende a piorar porque pelo menos quatro PMs devem se aposentar até o fim do ano, segundo o que foi apresentado pelo comandante na Câmara.
Diante disto, Gomes afirma que teve de tomar medidas de racionamento. “Diminuímos a equipe do Proerd por causa da necessidade, em virtude dos problemas de efetivo que frequentemente informamos, mas não vamos deixar de fazer o Proerd”, diz.
Falta de interesse
No caso do Proerd Pais, a situação é adversa, conta o comandante. A PM até tem pessoal para ministrar as aulas, mas falta interesse da comunidade.
“Geralmente, muitos não querem por não ter tempo, entre outros motivos, mas estamos à disposição de colégios e empresas para fazer o programa”, afirma. O Proerd Pais, apesar do nome, não é voltado somente para quem tem filhos, qualquer adulto pode participar. O curso consiste em cinco encontros de três horas de duração e tem o objetivo de conscientizar sobre os malefícios do uso de drogas e assuntos relacionados.
PM tem de ser capacitado
A saída do PM da equipe do Proerd é de difícil reposição porque para poder dar aulas no programa é preciso ter um curso de duas semanas. Os cinco que hoje estão na equipe possuem esta capacitação. “Tem que ter perfil para frequentar o curso. São analisados vários requisitos na inscrição, como didática e liderança, e também tem que ter a questão ética e moral ainda mais rigorosos”, explica Gomes.