Politicamente incorreto
O Canal History está exibindo uma série denominada “Guia Politicamente Incorreto”, baseada no livro do filósofo Luiz Felipe Pondé, “Guia politicamente incorreto da filosofia”. O programa mata vários coelhos de uma vez, dando um espaço importantíssimo para a revisão das versões e crenças estabelecidas sobre episódios fundamentais da nossa história. A cultura e a vida […]
O Canal History está exibindo uma série denominada “Guia Politicamente Incorreto”, baseada no livro do filósofo Luiz Felipe Pondé, “Guia politicamente incorreto da filosofia”. O programa mata vários coelhos de uma vez, dando um espaço importantíssimo para a revisão das versões e crenças estabelecidas sobre episódios fundamentais da nossa história.
A cultura e a vida intelectual brasileiras estão dominadas, desde a década de 1960, por uma ideologia que manipula informações e oficializa versões esfarrapadas dos fatos, fazendo bandidos se tornarem heróis e vice-versa. Como essa trupe domina as universidades, o mercado editorial e os meios de comunicação (e agora também as escolas!), suas ideias são consideradas verdades eternas. O ponto de inflexão dessa mentalidade foi a Revolução de 1964 (o que a versão esquerdista oficial chama de “golpe”).
Os militares evitaram uma tomada de poder dos comunistas, colocaram o país no eixo e tivemos um espantoso crescimento econômico a partir do final da década de 1960, sob o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici. Mas os militares negligenciaram a batalha ideológica e cultural.
Ficaram combatendo terroristas na guerra armada, mas deixaram a cultura livre, na mão dos comunistas. Pois é, embora essa galera adore falar de censura e ditadura, foram eles que deitaram e rolaram, em pleno governo militar, impondo sua versão dos fatos, que perdura até hoje. Mas já está mais que na hora de rever isso tudo.
No programa do History, o Pondé, o historiador Leandro Narlock, o Lobão e outros “cabeças” estão, com inteligência e coragem, ajudando a arejar o cérebro do brasileiro. Rever a história de 1964 é um dos pontos cruciais desse desafio. Se conseguirmos iluminar esse momento tão importante da nossa história, desobstruiremos os neurônios para uma faxina mais geral.
Vocês devem se lembrar da barulheira que foi feita, há alguns anos, para “passar a limpo” a tal “ditadura”, com a tal “comissão da verdade”, que eu chamava de “comissão da meia verdade”. Pois é, aproveitaram que os “heróis da resistência” estavam no poder e conseguiram fazer pseudojulgamentos para tirarem dinheiro dos cofres públicos para quem se dizia injustiçado pela “ditadura”.
Mas como já dizia o Professor Olavo de Carvalho, eles eram, ao mesmo tempo, acusadores e juízes, com a conivência de militares frouxos, estrategicamente colocados em postos chave das forças armadas. O fato é que menos de 400 terroristas foram mortos durante todo o governo militar.
Os crimes desses terroristas e guerrilheiros (incluindo a ex-presidente Dilma) sequer são aventados. Enquanto isso, os mesmos “defensores da democracia” endeusam Fidel Castro e Che Guevara, que mataram mais de 100 mil pessoas em Cuba, mergulhando o país na miséria e na falta de liberdade.
E o mais incrível é que essas mentiras e contradições são sustentadas em nome de uma tal “consciência crítica”, tão cara aos professores que seguem o guru Paulo Freire, um dos responsáveis pela decadência do ensino no Brasil.
Se você também já está enojado desse “politicamente correto” e de mentirinhas históricas, dê uma olhada no programa do History e nos autores que lá aparecem. E que tenhamos um 2018 mais desintoxicado! Voltarei a esses temas durante o ano.