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Políticos de Brusque avaliam possibilidade de adiamento de eleições municipais

Maior parte dos entrevistados é favorável para que tratativas visando realização do pleito em 2022 sejam iniciadas

Com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) causando cancelamentos e adiamentos de eventos dos mais diversos tipos, entra em discussão o adiamento ou cancelamento das eleições municipais, e em Brusque, políticos e partidos começam a discutir o assunto aos poucos. Em Brasília, alguns partidos começam a articular ideias. O pleito está inicialmente previsto para 4 e 20 de outubro.

Ex-prefeito de Brusque, Paulo Eccel (PT) acredita que ainda é cedo para se ter este tipo de discussão, mas defende o adiamento das eleições caso a pandemia se prologue por muito mais tempo. “É um assunto que de vez em quando está rolando nas rodas de conversa. Se esta situação se estender, é claro que algo precisa ser feito, e será impossível manter a data da eleição”, comenta.

Eccel adiciona à sua opinião que as próximas eleições, ocorrendo na data inicialmente prevista ou não, será fundamental e trará, em todo o país, pontos de vista novos a debate, por conta da crise. “Será necessário um novo olhar para a comunidade, para a política, para a organização dos governos. Têm ficado evidentes as deficiências nas áreas social e da saúde. Saúde e organização de governo deverão ser discutidas de forma diferente.”

O vereador Jean Pirola (PP) é a favor do adiamento das eleições para 2022, e em conversas com as lideranças do partido no estado, afirma que as visões são semelhantes. Além do adiamento, Pirola defende que os fundos eleitoral e partidário sejam transferidos à área da saúde, como medida de apoio contra a pandemia.

“Ainda é um tanto quanto prematuro para discutir, talvez, mas não dá para deixar de lado. Alguns trâmites, direitos eleitorais têm prazos, e e não ouvimos muito respeito por parte do Tribunal Superior Eleitoral, da Justiça Eleitoral”, complementa.

O vice-prefeito de Brusque, Ari Vequi (MDB), parte da mesma opinião, a favor do adiamento. “Eu, particularmente, sou favorável. Por mim, acabaríamos indo direto a 2022, até para economizarmos nos custos que as eleições carregam.”

O presidente da Câmara de Vereadores, Ivan Martins (DEM), afirma que sempre foi um defensor da unificação das eleições brasileiras, o que poderia acarretar em economia aos cofres públicos. “Fazer a eleição de dois em dois anos, na minha forma de ver, é um gasto desnecessário. Agora que está começando a passar por esta situação, com esse início de discussão, penso que deveria acontecer.”

O presidente do Republicanos em Brusque, Leandro Hyarup, afirma que o partido compreende a possibilidade de alteração de prazos. Particularmente, acredita que adiar até 2022 seria adiar por tempo demais. “Se for o caso de cancelar, acho que as eleições deveriam acontecer no ano que vem.” Ele reforça que a nominata do partido está fechada e, com os processos bastante adiantados, o Republicanos está preparado caso o pleito seja realizado em 2020.