Ponte do Centro não terá alças de acesso à avenida Beira Rio
Vias em construção na entrada do pavilhão da Fenarreco não têm relação com ponte
As novas vias em construção na avenida Bepe Roza, a margem direita da Beira Rio, na região do pavilhão da Fenarreco, não servirão como alças de acesso direto para a ponte Arquiteta Andréa Volkmann, conhecida como ponte do Centro. A obra deve facilitar somente a entrada e saída da rua do pavilhão, sem influenciar na nova ponte.
A estrutura foi praticamente toda construída durante a gestão do ex-prefeito Ari Vequi (MDB). Procurado pela reportagem, o ex-chefe do Executivo reconhece que as novas vias na entrada do pavilhão não terão ligação com a ponte. Por outro lado, ele relata que a obra faz parte do complexo da ponte e, mesmo sem o acesso direto, acredita que facilitará o trânsito na estrutura.
O prefeito de Brusque, André Vechi (PL), afirma que a abertura das novas vias foi pensada somente para facilitar o fluxo da Beira Rio na entrada da rua que dá acesso ao pavilhão. André diz que, desde quando assumiu a prefeitura, nunca chegou a ser cogitada a possibilidade de ser construída uma alça de acesso à ponte que contorne o The Bridge Bar.
“Desde que assumi a prefeitura, não foi cogitado [um acesso da avenida Bepe Roza à ponte]. A Secretaria de Infraestrutura também não me relatou o interesse em um primeiro momento. Acredito que, no futuro, a prefeitura poderia desapropriar os imóveis para fazer este acesso. No momento, não há projeto e nem interesse”.
Acesso pelo Sesc sem previsão
Ari pontua que, apesar de a avenida Bepe Roza não possuir acesso direto à ponte, havia tratativa para construção de uma alça de acesso pelo lado da avenida Arno Carlos Gracher, a margem esquerda. O ex-prefeito considera que as negociações para desapropriação de parte das terras do Sesc não tiveram andamento pela atual gestão.
“Tínhamos uma conversação avançada para a ‘via Sesc’. Me reuni várias vezes com o Helio, presidente da Fecomércio, para desapropriação do terreno do Sesc. Me encontrei também com uma família que mora atrás do antigo Beira Rio”, relata.
A justificativa da prefeitura é que a atual gestão prioriza o recurso para dar continuidade às desapropriações por onde passará a nova Beira Rio até o bairro Rio Branco. André diz que as conversas com o Sesc seguem, mas não há previsão para abertura de alças de acesso direto à ponte.
Vias pavimentadas até fim de semana
O secretário de Obras, Ivan Bruns Filho, projeta que as novas vias perto do pavilhão serão pavimentadas até o fim de semana, caso o tempo esteja favorável. Ivan, porém, não soube precisar quando o trânsito será liberado na região. Após a etapa de pavimentação, os trabalhos serão voltados às calçadas.
“Estamos na parte de execução do meio-fio. Temos programado para iniciar a pavimentação nesta semana. Precisamos acabar o recape que começamos na rua José Dubiela e, de lá, vamos para as alças (novas vias perto do pavilhão)”, afirma o secretário.
No final do ano passado, Ivan disse ao jornal O Município que não foi possível concluir as novas vias em razão dos estragos após as fortes chuvas. “Nossa previsão é trabalhar novamente no local a partir de janeiro”, garantiu na época. “Acredito que as entregas vão ficar para o final de fevereiro”, projetou, o que não ocorreu.
Diversas críticas foram geradas por causa da dificuldade para transitar na região da ponte. As reclamações estão relacionadas à impossibilidade de virar à esquerda na saída para a rodovia Antônio Heil e ao fato de o único acesso à ponte na região central ser pela rua Riachuelo.
Possíveis alterações
O prefeito André Vechi disse, também no final do ano passado, que a prefeitura não descarta alterar o trânsito na região. Uma das possibilidades, conforme o prefeito, é instalar uma rotatória próximo à entrada da rua do pavilhão da Fenarreco, estrutura que possibilitaria o retorno sentido Mont Serrat.
“Os poucos meses da ponte em funcionamento nos permitem uma análise do que pode ser melhorado. Não descartamos mudanças, tanto no cruzamento da rua João Bauer no sentido à ponte, quanto na saída para a rodovia Antônio Heil”, disse na época.
A instalação da rotatória na região seria possível, segundo o prefeito, com a liberação de R$ 3,5 milhões para retomada da obra de revitalização do trecho urbano da rodovia Antônio Heil, que fazia parte do antigo Plano 1000. A garantia do repasse do governo do estado foi confirmada por Vechi na metade de março.
O projeto prevê que seja revitalizado o trecho urbano entre a ponte Rio Limeira e a praça Vicente Só. Todo asfalto neste trecho deve ser recapeado. Ao todo, ainda conforme o chefe do Executivo, faltam R$ 15 milhões para conclusão dos trabalhos.
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