População pôde testar pela primeira vez o serviço de cota de enchente

Serviço implantando em 2014 teve diferenças em relação aos níveis previstos, mas não preocupa autoridades

População pôde testar pela primeira vez o serviço de cota de enchente

Serviço implantando em 2014 teve diferenças em relação aos níveis previstos, mas não preocupa autoridades

Com os níveis do rio Itajaí-Mirim batendo a marca da última cheia, de 2013, a população pôde testar nesta semana, pela primeira vez, o serviço de cota de enchente, elaborado pelo Centro de Operação do Sistema de Alerta da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Açu (Ceops), da Universidade Regional de Blumenau (Furb). “Foi o teste de fogo”, avalia o agente da Defesa Civil municipal, Edevilson Cugick.

As cotas de enchente, disponíveis no site do órgão, listam o nível em que o rio Itajaí-Mirim precisa chegar, no ponto de medição localizado na ponte estaiada, para que comece a causar alagamentos em cada uma das ruas do município. O objetivo é criar um sistema preventivo, que permita aos moradores saber qual o nível o rio precisa atingir para começar a alagar a sua rua.

Pela previsão das cotas, por exemplo, os moradores da esquina das ruas Adelino da Silva Vale com a Godofredo Mosimann, no bairro Santa Rita, sabem que, quando o Itajaí-Mirim atingir a marca de 9,12 metros, este ponto começa a alagar. E assim acontece com todas as outras ruas do município, as quais também têm estipuladas, no site, a cota na qual começam a inundar.

“No nosso ponto de vista funcionou muito bem, realmente as pessoas acompanharam e tomaram as medidas preventivas com base nas cotas”, afirma Cugick, que informou que alguns pontos apresentaram diferenças, ou seja, a previsão não foi precisa. “Não é um sistema perfeito, porque a cartografia do município não é perfeita, e isso diminui a exatidão”, afirma.

No entanto, segundo o representante da Defesa Civil, as diferenças encontradas foram pequenas e isso não preocupa o órgão, que está satisfeito com o funcionamento do serviço.

O professor Ademar Cordeiro, coordenador do Ceops, confirma que o sistema não é exato: há pontos em que a margem de erro pode variar entre 20 e 40 centímetros, acima ou abaixo da cota especificada para a rua, o que é considerado normal, dentro dos padrões de engenharia.

“Em Blumenau também aconteceram diferenças em alguns pontos. De uma enchente para outra, a linha d’água nunca é a mesma. Tem uma diferença de 20 a 40 centímetros que é considerada normal”, explica o professor da Furb.

Ele diz que todas as cotas são referenciadas à régua que está no Centro da cidade e que, devido à declividade dos terrenos, quanto mais longe da régua mais imprecisa é a cota de enchente. “Agora, se tiver uma diferença maior do que 40 centímetros em uma rua, aí teria que ser revisto”, pondera.

As cotas foram elaboradas com base na enchente de 2011, a pesquisa apontou mais de 1,9 mil pontos onde foram estabelecidas as cotas de 7 a 15 metros, quando o rio atingiu 10,03 metros. Foi utilizado um nível ótico, instrumento que serve para medir os desníveis entre pontos que estão em alturas diferentes na rua, e com isso, conseguem dados precisos sobre possibilidades de alagamento.


 

A consulta de dados

Para saber a cota de enchente da sua rua, basta acessar o site da Defesa Civil de Brusque (defesacivil.brusque.sc.gov.br) e acessar a tabela das cotas de enchente, que também podem ser visualizadas por meio de mapas.

Mais de uma cota pode ser estabelecida para a mesma rua, como o exemplo da rua Adelaide Fischer, no bairro São Pedro, que tem cinco cotas em sua extensão, indicadas pelo número das residências.

A tabela é exibida por ordem alfabética, no entanto, a consulta de uma rua específica pode ser feita digitando o nome da rua na caixa de pesquisa.

Página de consulta das cotas de enchente de Brusque. | Foto: Reprodução
Página de consulta das cotas de enchente de Brusque. | Foto: Reprodução

 

 

 

 

 

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