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Por falta de recursos, Abel não disputará a Superliga B

Clube continuará almejando títulos estaduais e quer voltar à Taça Prata

A Associação Brusquense de Esporte e Lazer (Abel) está fora da Superliga B de vôlei feminino por falta de recursos. A equipe havia terminado a temporada anterior na terceira colocação, com um investimento anual de cerca de R$ 100 mil, um dos menores da competição. O clube seguirá com o calendário de competições estaduais e ainda busca verba para voltar à Taça Prata, o terceiro escalão do vôlei nacional.

Quase todas as atletas que disputaram a Superliga B e conquistaram o terceiro lugar nem tiveram tempo de lamentar a ausência da equipe na próxima temporada. Algumas elas chamaram a atenção de clubes da elite do vôlei nacional e deixaram a Abel, como a levantadora Thaynã, que foi contratada pelo Brasília já em agosto de 2017. As atletas das categorias de base, que conquistaram três títulos em 2017, foram mantidas para 2018.

“Foi uma campanha muito grande, com um investimento que na prática foi de R$ 100 mil. Conseguimos pagar as jogadoras com a renda dos ingressos. E a Superliga B é muito disputada, com clubes tendo orçamentos de R$ 500 mil, R$ 600 mil. Só para comparar, a equipe mais barata da Superliga A tem investimento de R$ 1,5 milhão por ano”, explica o supervisor técnico da Abel, Luiz Antônio Moretto.

Apesar de a Abel ainda possuir dívidas referentes à participação na Superliga B, Moretto garante que elas estão muito próximas de serem quitadas. “Todos os compromissos assumidos pelo clube foram cumpridos”.

O clube tem patrocinadores que foram atraídos pela Lei de Incentivo ao Esporte, e todos foram mantidos. A lei estimula patrocínios e doações a projetos esportivos em troca de incentivos fiscais. No entanto, este apoio não cobre todos os custos da Abel.

A Federação Catarinense de Voleibol ainda irá definir o calendário para a temporada 2018, mas a Abel deverá disputar o campeonato estadual na categoria adulta e os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc). Na última temporada, a equipe foi vice-campeã, perdendo o título para a ACV, de Chapecó.

No Jasc, a Abel terminou na terceira colocação, atrás de Chapecó e Blumenau. “Tivemos um problema, porque depois da Superliga B, a maioria do time já tinha recebido propostas e deixado o clube. Não fosse isso, com certeza teríamos ganhado o estadual. Sempre buscamos título nestas competições”, lamenta Moretto.

Após o fim da Superliga B 2017, o técnico Maurício Thomas, que também comandava a seleção brasileira feminina Sub-18, foi contratado pelo multicampeão Vafikbank, da Turquia, para ser auxiliar-técnico do italiano Giovanni Guidetti. O clube é uma das potências mundiais no vôlei feminino, sendo o atual campeão mundial da modalidade. Com o desfalque, Moretto assumiu o cargo, e será auxiliado por Vladimir Neubuser.

Desempenho marcante em 2017
A Superliga B 2017 teve a participação de sete equipes: Hinode/Barueri, ADC Bradesco-SP, Abel/Havan Brusque, São Bernardo-SP, São José dos Pinhais-PR, ACV/Unochapecó/Orbenk e BRH Sullflex/Clube Curitibano. As equipes jogaram entre si em turno único.

O Hinode/Barueri terminou em primeiro lugar e foi direto para as semifinais, enquanto os outros seis clubes disputaram as quartas de final. A Abel ficou na terceira posição, com três empates e três derrotas.

Nas quartas de final, o time de Brusque bateu a ACV em dois jogos, por 3 sets a 0 e 3 sets a 1, dispensando a necessidade do jogo de desempate. Nas semifinais, a equipe foi derrotada por 3 sets a 0 e 3 sets a 2 para o Clube Curitibano, que não havia vencido nenhuma partida na primeira fase.