Por problemas técnicos, obra do PAC no Nova Brasília é paralisada
Empresa encontra dificuldade na escavação do túnel por conta de rochas
Desde a semana passada, a obra do túnel do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no bairro Nova Brasília está paralisada. Após a retomada dos trabalhos, em fevereiro, a empresa contratada encontrou bastante dificuldade na escavação.
O engenheiro da empresa Catedral George Omar Gonzales explica que foi encontrada muita pedra no local, sendo que pelos estudos iniciais o solo deveria ser de melhor qualidade. Com isso, os custos para a empresa aumentaram e a velocidade da obra diminuiu.
O engenheiro esteve reunido ontem em Brusque com a diretora do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI), Andréa Patrícia Volkmann e o engenheiro fiscal do DGI Rafael Kniss. “Precisamos reavaliar a obra, pois esses gastos não estavam previstos na planilha”, informa Gonzales.
Ele afirma que desde o início a empresa encontrou o mesmo problema, mas acreditava que seria apenas nos primeiros 3 metros de escavação. Entretanto, já foram escavados 15 metros e o problema continua o mesmo. “Agora nós vamos ter que fazer estudo de custo para apresentar à prefeitura, que deverá pedir análise da Caixa Econômica Federal”.
O vice-prefeito Ari Vequi, que tem acompanhado o andamento da obra, diz que essa é uma questão técnica e precisa ser solucionada em breve. “Esperamos que até segunda-feira, 22, tenhamos um parecer final da obra por parte da Caixa”, enfatiza.
A diretora do DGI esclarece que os novos estudos são necessários para a continuidade da obra. “A ideia disso é que conseguimos agilizar os processos que requerem a obra e tranquilizar a população, mas queremos executar da melhor forma possível”, diz.
Diante do ocorrido, a equipe técnica reorganizará os trabalhos a serem desenvolvidos. “Até sexta-feira, 19, vamos nos reunir e ver as condições técnicas para as melhores soluções para um contexto geral da obra e definir a sequência. Até porque precisamos de uma nova análise em conjunto com a Caixa Econômica”, explica Andréa.
Empresário teme mais prejuízos
A paralisação da obra incomodou os moradores e empresários daquela região, que são os mais afetados pelas águas das enxurradas. “Precisamos de uma clareza por parte da prefeitura do que será feito e a previsão de prazos, pois eu mesmo estou quase abandonando tudo aqui pelos prejuízos com as chuva”, diz o proprietário da empresa SBA Malhas, Raul de Oliveira.
Para o empresário, “não adianta no momento das catástrofes encher a todos de promessas”. Por isso, ele se coloca à disposição para que se forme uma comissão para buscar auxílio para dar andamento rápido à obra.
“Fizemos um muro de contenção na empresa para tentar parar a água da chuva, mas quando é muito forte não tem o que fazer. Por isso temos pressa nessa obra, pois se adiar muito, começarão aquelas chuvas fortes novamente e seremos prejudicados mais uma vez”, diz.
Oliveira afirma que acredita na boa vontade da prefeitura e está ciente que o processo é difícil. Porém, cobra agilidade e transparência para evitar novos danos com enxurradas.