Por que Brusque, berço dos Jasc, foi rejeitada em votação para sede de 2020
Dos 18 conselheiros, ninguém votou para que o berço da competição voltasse a receber o evento
Por que Brusque, berço dos Jasc, foi rejeitada em votação para sede de 2020
Dos 18 conselheiros, ninguém votou para que o berço da competição voltasse a receber o evento
- 10/09/2018
- 16:58
A cidade onde os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) foram criados teve completa rejeição na votação para sede da 60ª edição da competição. Em disputa com os municípios de Jaraguá do Sul, Rio do Sul e Concórdia, Brusque não recebeu nenhum voto. Jaraguá será a sede da edição, a ser realizada em 2020.
A votação é realizada sempre pelo Conselho Estadual de Desportos (CED), sendo que dos 21 conselheiros, 18 estiveram presentes na votação realizada no domingo, 9, em Caçador, cidade que recebe a 58ª edição da competição. Jaraguá recebeu sete votos, Rio do Sul seis e Concórdia cinco.
Das cinco cidades que pleiteavam sediar os Jasc em 2020, Brusque foi a primeira a apresentar candidatura.
“Representação pesou”
Para o superintendente da Fundação Municipal de Esportes de Brusque (FME), Olavo Larangeira, o fato de Brusque não ter nenhum conselheiro dentro do CED pesou para a rejeição do município. “A gente sabe que é um trabalho de bastidores. Quem é destas cidades e faz parte do conselho, conversa com os outros, convence. Querendo ou não isso influencia. Precisamos buscar uma representatividade, uma indicação para algum brusquense nas cadeiras do conselho”.
Larangeira explicou também que as políticas públicas de cada prefeitura também refletiram na votação. “Rio do Sul começou uma campanha chamada ‘cidade do esporte’, tendo esta ferramenta como campanha. Jaraguá também tem projetos fortes, grande investimento. Na questão estrutural não perdemos para ninguém, no máximo empatamos”.
“Precisa aparecer mais”
Já o presidente do CED, Alexandre Monguilhott, não acredita que a falta de representatividade de Brusque no Conselho tenha sido algo importante, embora não negue que é um fator a ser considerado. “Eu não acho que seja fundamental, mas é evidente que no dia a dia, no relacionamento entre nós, existe mais possibilidade de ter informações e conhecimento dos municípios que possuem conselheiros”.
Fator mais fundamental que esse na ótica de Monguilhott foi o fato de a cidade passar longe de outras competições do calendário da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte). “Brusque não entra na disputa para sediar outros eventos, como Joguinhos, Parajasc e Olesc. Precisa aparecer mais, com isso vai ter mais visibilidade e sair na frente para ser a sede nos Jasc”.