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Por que os brasileiros são tão bons no futebol?

Desde pequenos os brasileiros têm uma bola no pé e jogam a todo momento. Mas há mais razões para explicar porque os brasileiros são tão bons no futebol

Com cinco títulos mundiais e tantos jogadores espetaculares revelados nos nossos campos, não é ilógico fazer a pergunta “por que os brasileiros são tão bons no futebol?”. Mesmo que neste momento, o Brasil esteja em uma sequência negativa sem Copas e sem alegrar tanto o povo.

Apesar dos tempos mais apagados da seleção brasileira e dos times brasileiros no Mundial de Clubes, o problema com certeza não é de talento: só nos últimos anos jogadores como Vinicius Junior, Rodrygo, Alisson, Neymar e Marquinhos tendo enorme destaque em suas posições e com seus respectivos clubes.

O fato é que o Brasil nunca deixará de ser apaixonado por futebol e nunca deixará de revelar grandes jogadores, afinal o país é enorme e tem no esporte seu principal passatempo. Basta entrar na página de Futebol ao vivo do Parimatch para ver os múltiplos mercados de dezenas de jogos e competições por todo o país. Isso é um indicador do nível de atenção gerado e também dos milhões e milhões de torcedores que os clubes nacionais têm.

Mas voltando à pergunta do título, por que somos tão bons no esporte? Esse exercício de autorreflexão pode encontrar várias respostas, com algumas tendo maior peso:

  • O Brasil é um país enorme
  • A atenção dada ao futebol é disparada a maior
  • O sonho de ser futebolista é uma constante de crianças de todas as faixas sociais e regiões
  • Temos um histórico e estrutura de revelar talentos
  • Criamos uma forma diferente de jogar

Para cada uma dessas respostas dá para se estender um pouco mais.

O Brasil é um país enorme

Essa é uma questão mais fria, matemática. São mais de 200 milhões de habitantes, uma população jovem se comparada à dos países desenvolvidos, então é natural que seja mais fácil encontrar mais talentos, afinal há mais gente.

Um exemplo muito citado é o do Uruguai, que com apenas 3 milhões de habitantes, consegue revelar bons jogadores e em quantidades maiores que China, Índia e Estados Unidos. Claro que não basta ter centenas de milhões de habitantes ou até mais de um bilhão para ser bom no futebol, mas ajuda. E o segundo passo é o complemento ideal.

A atenção dada ao futebol é disparada a maior

Se uma criança no Brasil (assim como no Uruguai), mostra ter facilidade atlética e habilidade motora para desenvolver, ele logo será jogado em um gramado ou uma quadra de futsal. Isso não acontece nos outros países citados, onde o futebol até pode ser popular ou ter seus adeptos, mas briga com outros esportes.

Felizmente, mas também com seus prejuízos, o futebol é um esporte dominante no Brasil e jovens atletas poderão brincar com uma bola a todo momento, já que não vão faltar companheiros de equipe, espaços para jogar (que nem precisam ser especialmente criados para isso) e competições.

O sonho de ser um futebolista

Em um país que sofre coma desigualdade social, problemas econômicos e baixa qualidade na educação pública, além de altos níveis de criminalidade, o futebol é visto como uma saída, uma possibilidade de vida digna.

Esse duro contexto motiva muitos jovens de periferia e baixa renda a tentar sua sorte no esporte. Não à toa diversos de nossos ídolos tiveram infâncias difíceis, sem acesso a direitos básicos como cidadãos.

Com uma estrutura de futebol profissional que melhorou, mas ainda deixa a desejar, o futebol brasileiro não consegue criar um calendário para todos os jogadores revelados e clubes espalhados pelo Brasil. Por isso não é raro ver futebolistas brasileiros saírem jovens para mercados de todo o mundo, especialmente Portugal, Leste Europeu e países árabes.

Histórico e estrutura de revelação de jogadores

A venda de jogadores segue sendo uma receita muito importante para os clubes, inclusive os que estão se destacando nos últimos anos pelas receitas com bilheteria e patrocinadores. Por isso os clubes montaram verdadeiras estruturas com profissionais, como olheiros e técnicos, e até centros de treinamento próprios, para fazer as chamadas peneiras.

São lendárias as histórias de peneiras de clubes grandes recusando jogadores que seriam craques. Mas também não faltam exemplos de olheiros que acertaram na lata e possibilitaram que seus clubes ganhassem títulos e dinheiro.

Hoje em dia não só os clubes buscam os jogadores, cada vez mais novos, como empresários também têm estruturas próprias de olheiros para conseguir recrutar o máximo de talentos possível. Essa é uma das razões para tantos jogadores serem revelados no Brasil.

Criamos uma forma diferente de jogar

Até agora falamos bastante de quantidade. Mas o que destaca o futebolista brasileiro é a qualidade. O que diferenciou nosso futebol e fez ele avançar de forma tão rápida e vitoriosa não foi um grande esquema tático ou preparação física diferenciada. Por mais que em certos momentos de nossa história tenhamos adicionado conhecimento a esses campos.

O que diferencia o futebolista brasileiro é sua criatividade e habilidade. Não à toa temos um histórico de atacantes e meio-campistas ofensivos que não será superado por nenhum país.

Jogando com espaço, incentivando o 1 contra 1, o drible e a magia, fomos bastante longe e encantamos o mundo. Infelizmente, nos últimos anos deixamos um pouco isso de lado para um jogo mais físico e intenso, que é necessário no futebol moderno, mas não pode ser único.

É claro que a marcação, a solidez defensiva e discussões táticas são necessárias, mas o Brasil precisa voltar a focar no seu diferencial para retornar ao topo do mundo. Nós continuamos revelando jogadores talentosos e que brilham, mas eles precisam ter ainda mais espaço e serem incentivados desse jovens a serem diferentes.

Conclusão

O Brasil tem uma dominância do futebol como esporte principal e isso faz com que crianças cresçam e queiram ser um atleta reverenciado pelos estádios cheios. Revelamos muitos jogadores, só precisamos voltar a privilegiar a criatividade e habilidade e não só o físico e a marcação.