Por que a Polícia Civil descarta culpa de motorista na morte de Ana Paula Benaci
Delegado comenta conclusões tiradas com a ajuda dos laudos periciais e classifica acidente como "fatalidade das mais trágicas"
Delegado comenta conclusões tiradas com a ajuda dos laudos periciais e classifica acidente como "fatalidade das mais trágicas"
O delegado Alex Bonfim Reis, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil de Brusque, finalizou o inquérito referente ao acidente que resultou na morte de Ana Paula Benaci em 20 de junho na avenida Beira Rio,
A conclusão foi de que não houve culpa por parte do motorista do caminhão que tombou e prensou o carro conduzido pela mulher de 34 anos. O inquérito será encaminhado ao Fórum, para que o juiz da comarca de Brusque decida se deve proceder com o caso.
Como adiantou O Município na última quarta-feira, 25, o laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) aferiu que o caminhão trafegava em velocidades inferiores ao limite previsto (60 km/h) antes de tombar sobre o carro de Ana. Além disso, a forte névoa no local contribuiu para a fatalidade. O delegado destacou as investigações dos peritos, que não verificaram nenhuma evidência de irresponsabilidade ou culpa por parte do condutor do caminhão.
“Considerando-se tudo que foi apurado e analisado, a Polícia Civil não reconhece a culpa, acreditando que o acontecimento foi uma fatalidade das mais trágicas possíveis”, avalia.
Reis também ressaltou que nenhuma câmera de monitoramento chegou a registrar o momento do acidente, e que o motorista não estava alcoolizado, colocando-se à disposição para esclarecimentos. Além disso, em seu depoimento, falou que o acidente foi uma fatalidade, afirmando estar em velocidade abaixo do limite.
“A empresa responsável pelo transporte também não teve responsabilidade. A carga estava com peso de acordo com o permitido, e saía do porto de Navegantes para uma empresa de Guabiruba, em contêiner lacrado. A responsabilidade do motorista era deixar o contêiner fixo, e tanto esteve fixo que mesmo com o tombamento do caminhão, a carga não se soltou.”
A ausência de mais sinalização em um trecho conhecido como perigoso pela população brusquense pode ter sido determinante, de acordo com o delegado. “Há acidentes constantemente ali. Uma sinalização explícita, visível de longe, antecipada, bem indicada, poderia reduzir a quantidade de acidentes ali e, quem sabe, evitado esta perda trágica”, finaliza.