Brusque empolga neste início de returno
É oficial: empolguei. Empolguei porque vi a torcida do Bruscão gritando olé no toque de bola do time que envolvia o Figueirense. Empolguei porque presenciei esse time garfar seis pontos do alvinegro da capital, outrora classificado como favorito ao título estadual. Empolguei porque, com esses dois olhos – e talvez daqui a alguns anos, muitos duvidem do que escrevo agora – eu vi o Corinthians rifando bola pra frente com medo do ataque quadricolor.
Mas principalmente, empolguei porque vi a alegria dos jogadores no pós-jogo de Brusque e Figueira. Quando o público já tinha ido embora com sorriso no rosto e a sensação de leveza, os atletas da equipe vencedora se divertiam com seus familiares. Esposas, filhos de colo, sobrinhos e amigos celebrando os três pontos, em um clima de harmonia. Nada de estrelismo, nada de individualidade.
O Brusque é um time, uma uniformidade vencedora, e isso é conspícuo. Alguns podem dizer que é cedo, outros que ‘oba-oba’ precoce é uma maneira de secar. A estes, só digo uma coisa: se você não empolga, não desempolgue quem empolgou. O Bruscelona ainda vai dar trabalho nesse campeonato.
A grana da Copa do Brasil
Com sua passagem pela Copa do Brasil, o Bruscão faturou mais de R$ 700 mil. Para ser preciso, foram R$ 701.225,83. Só de participar, o clube embolsou da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) R$ 250 mil; por ter passado do Remo (garantindo vaga na segunda fase), levou mais R$ 315 mil, totalizando, pela participação, R$ 565 mil. E mais: o lucro do clube com a bilheteria do Remo foi R$ 17.624,75 e com o Corinthians, R$ 118.601,08.
E o que fazer com esse dinheiro?
Como todo o brasileiro quando ganha um dinheirinho, o Brusque tem a obrigação de quitar parte de suas dívidas. No último balanço publicado pelo clube, em 2015, a dívida ativa era de R$ 76,2 mil. Aí já estão envolvidas pendências trabalhistas e previdenciárias. Em entrevista coletiva, o vice-presidente do Bruscão, Jonas Stange, já afirmou que o clube está resolvendo esses resquícios da desorganização passada. Resolvendo isso e sobrando um caixa, será hora de pensar na formação do time para a Série D. Se quiser crescer, o quadricolor precisa, o quanto antes, subir para a terceira divisão nacional.
Falando em grana…
O elenco brusquense faturou R$ 10 mil por ter vencido o Figueirense no último domingo. A Havan foi quem pagou o ‘bicho’. A verdade é que o proprietário da empresa, Luciano Hang, parece satisfeitíssimo com o desempenho do time – aliás, ele acompanhou in loco o suador que o quadricolor deu no Corinthians. As empresas Havan, Mc’Jo, Dicolore e Recicle prometeram R$ 200 mil de prêmio caso a equipe seja campeã catarinense de futebol.
Coisa linda, Abel!
A Abel, representante brusquense na Superliga B, está a um passo das semifinais da competição. Superou aquela derrota em Chapecó durante a primeira fase e, na etapa eliminatória, sapecou um 3 a 0 nas adversárias. Agora, no próximo sábado, 18, é hora de confirmar a vaga na penúltima etapa da competição. Dentro da Arena Brusque a festa será gigante, porque a torcida abraçou a competitiva equipe do técnico Mauricio Thomas.
Força, AD Brusque!
Já no basquete as coisas não vão bem. A equipe brusquense, AD Brusque, perdeu dois jogos em casa errando muito na primeira rodada da Liga Ouro. Mas a competição é longa e, mais do que nunca, o time precisa do apoio da cidade. Vamos unir forças e fazer com que hoje à noite, na Arena [leia nota na página 22], o grupo conquiste sua primeira vitória, e logo contra seu principal rival, a Apab Blumenau.
Bola na cesta
Brusque e basquete tem tudo a ver. Não à toa, o município é o atual campeão catarinense da modalidade e briga por espaço na Liga Ouro. Aqui está o registro que não deixa mentir: equipe de basquete da Sociedade Bandeirante em 1965. O que também chama a atenção é a presença de Aldo Kuerten, o pai do tenista tricampeão de Roland Garros, Gustavo Kuerten.
Por ordem, estão: em pé, Aldo, Rui, Domício e Righeto. Valter e Mazinho estão agachados.