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Prancheta: Elas não precisam de pena

É lamentável que o futebol feminino seja prestigiado e roube os holofotes somente em tempos de Olimpíada. Grande parte desse público que hoje elogia e aplaude de pé o desempenho de Marta e companhia não acompanha a Copa do Mundo do naipe, não sabe onde as jogadoras dessa mesma seleção atuam e tampouco o quanto ganham para, atualmente, serem superiores do que a seleção masculina – nas devidas proporções, é claro. Não há camisas da Formiga, da goleira Barbara ou da atacante Andressa Alves para comprar no comércio da região.

Qual é o nome do futebol feminino em Santa Catarina? Resposta: O Kindermann, de Caçador, octacampeão estadual e campeão da Copa do Brasil na última temporada, mas que encerrou suas atividades. Aliás, a Copa do Brasil feminina deste ano conta com a participação de dois catarinenses, Chapecoense e Araranguá, estreando no fim do mês. Fora as três atletas que jogam apenas pela seleção – Bárbara, Thaisa e Formiga – nenhuma das jogadoras titulares do Brasil atua por aqui. Tem atleta até em time da Coreia do Sul. Essa coqueluche não dá o suporte para que a seleção alcance as devidas glórias. A Copa do Mundo de Futebol Feminino, que existe desde 1991 e acontece em anos ímpares, nunca foi vencida pelo Brasil, que teve a melhor posição em 2007, um segundo lugar perdido pela Alemanha. As mulheres da seleção não precisam de uma torcida que sinta pena, muito menos de uma torcida que acompanhe seus jogos como uma forma de protesto ao mal desempenho dos homens. As mulheres da seleção precisam de respeito.


Barateiro incansável

Jhennif, campeã Sul-Americana Sub-20 com a Seleção Brasileira, faz parte do grupo que disputa a Taça Brasil / Foto: Divulgação

Se o papo é futebol feminino, o de salão também merece destaque. Hoje as jovens do Barateiro lutam pelo terceiro título da Taça Brasil de Futsal Sub-20. A partida será contra o Corinthians, às 19h. O time representa o estado de Santa Catarina, que não conta com outros clubes no páreo. No grupo estão três atletas que recentemente competiram pela Seleção Brasileira Feminina Sub-20, Jhennif, Babi e Gabi.


Mal estar

Causou desconforto em parte da torcida o empréstimo de jogadores do Brusque para o Marcílio Dias. O Marinheiro, que ironicamente está afundado na lanterna, aposta todas as suas esperanças no grupo formado por nove atletas que jogaram a Série D pelo Bruscão. O mal estar é explicável: a tinta de 2014 ainda não secou. O Marcílio Dias, no mínimo, foi negligente na última partida do Catarinense que acabou derrubando o quadricolor para a segundona. Mas, analisando friamente, manter esses atletas pelas redondezas e sem gerar custos é uma situação positiva para o clube. Ou seja, o fato ainda divide opiniões.


Seleção do Iraque x Seleção de Araque

Imagina quem perdeu o precioso tempo de domingo à noite para passar raiva com a Seleção Brasileira Olímpica Masculina, que agora completou dois jogos sem marcar gols. O grupo chegou em uma fase que não consegue passar nem pelo Iraque. Só para constar: A essa altura, em Londres, 2012, o Brasil comandado por Mano Menezes já havia vencido duas partidas, contra Egito e Bielorrússia.


Menos um no Inter

A fase ruim do Internacional parece interminável. Um time gigante que não consegue mais segurar treinadores _ o último foi o ídolo daquele tricampeonato brasileiro dos anos 1970, Paulo Roberto Falcão. Ele segue a sina dos grandes craques do futebol, que nunca conseguem vingar como técnicos. Com cinco jogos sem vencer, Falcão deixou o colorado na 13ª posição, em queda livre.


 

Dez anos do “leilão” do Augusto Bauer

Foto: Ricardo Ranguetti/Arquivo Município

Há dez anos, o então Sport Club Brusquense anunciava que o principal estádio de Brusque, o Augusto Bauer, iria a leilão. A decisão foi tomada para sanar uma dívida com o antigo Instituto de Administração da Previdência e Assistência Nacional. O motivo foi uma série de investimentos equivocados do português Carlos Andrade, que assumiu a diretoria do Clube Atlético Carlos Renaux, alterou o nome da agremiação e não conseguiu levar o time a lugar algum. Para salvar o estádio dessa situação, a diretoria do Vovô do Futebol Catarinense, assim que reassumiu o clube, usou de uma poupança para sanar o débito, evitando assim o leilão.