Problemas do Brusque em campo vão muito além do desempenho de Evandro Guimarães
O Brusque segue a mais brava das ressacas pós-título, com sete jogos sem vitória e uma equipe com futebol muito inconstante. Evandro Guimarães tem, sim, errado bastante, e tem muita responsabilidade pelo mau momento. Mas daí a acusá-lo de destruir o trabalho de Waguinho Dias há um abismo. Peças importantíssimas foram perdidas, por lesão ou transferência. Foram cinco jogos em 18 dias de trabalho.
Thiago Alagoano retornou desperdiçando pênalti contra o Avaí. Fio volta de cirurgia. Romarinho está lesionado. Ninguém tem chegado aos pés do que foi Júnior Pirambu, autor de ⅓ dos gols brusquenses na Série D. Magrão, que jogou 10 partidas na Série D, não é mais opção. O lado direito perde muito sem Edílson, mesmo com um satisfatório Zé Mateus. Só aí é meio time.
Nem o heroico, histórico e excelente time da Série D era perfeito. No final da campanha, demonstrava falhas na defesa de bola aérea e teve atuações ruins como visitante. Derrotas contra Juazeirense e Ituano eram toleradas. O empate em casa na final, mesmo vencendo por 2 a 0, quase passou batido. Contanto que os resultados fossem revertidos, e foram, fantasticamente.
Piorando a situação, muitos dos remanescentes não têm sido nem sombra do que foram na Série D, contra fracos adversários da Copa SC, e o time perde gols com frequência absurda. Azar e incompetência também dentro de campo. Evandro Guimarães sabe que o pavio da torcida é bem curto e que só vencer o Fluminense com show e autoridade neste domingo, 29, pode esfriar os ânimos.
Mão Santa em Brusque
Há 16 anos, em 2003, Oscar Schmidt posava para a foto com José Eurico Frota, o Zurico, então técnico da Sociedade Esportiva Bandeirante, e seu filho Felipe. A ocasião foi um confronto entre a equipe brusquense e o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro de basquete. Hoje, Zurico é presidente do Brusque Basquete/FME/Aradefe/Trimania.