Prancheta: Seleção Brasileira pode voltar a dar alegrias?
Há uma mania em terras tupiniquins de desacreditar em tudo diante da mais pequena adversidade. Um grupo de pessoas que parece torcer para que a coisa dê errado. Este clima derrotista acometeu na Seleção Brasileira de Futebol depois dos famigerados 7 a 1 na Copa do Mundo de 2014. Criou-se um ambiente de terra arrasada e uma previsão nefasta de que nunca mais voltaríamos a ter um grupo competitivo.
Mesmo a história parece não ter ensinado nada aos derrotistas. Afinal, o Brasil só foi campeão do mundo na sexta copa realizada. Antes disso, alguns críticos nos impressos da época diziam que o Brasil jamais conseguiria. Depois de 1970, foram 24 anos sem levantar a taça.
Novamente se ouvia que não éramos mais o país do futebol, e jamais teríamos novamente ídolos como Pelé ou Garrincha. Aí surgiram Romário e Bebeto. Na copa de 1998, para os derrotistas, havíamos vendido a competição e nunca mais levantaríamos um caneco. Ronaldo, Rivaldo e Marcos calaram essas críticas também.
Agora, depois de um período nebuloso, a amarelinha começa a ressurgir mais uma vez. Dá os primeiros sinais de vida, a prova de que é imortal. Ainda é cedo e há muito trabalho pela frente, mas a indiscutível vitória contra o Equador mostrou que voltamos a ter espírito de seleção. Sangue correndo nas veias. E que venha a Copa de 2018, porque quem esperou 24 anos para rever o Brasil campeão do mundo não liga de aguardar mais uns dois.
Um gigante em maus lençóis
Que situação a da Portuguesa! Um dos times mais importantes do cenário nacional está às portas de cair para a Série D, a última divisão do futebol brasileiro. Não será de se espantar se no próximo ano o time jogar contra o Bruscão aqui no Augusto Bauer. Para escapar, a Lusa precisa fazer no mínimo cinco pontos em dois jogos e torcer para que o Macaé não pontue. A culpa disso, como em quase todo caso de catástrofe no mundo do futebol, é a má administração de presidentes que só usaram o clube para benefício próprio. Para piorar, em novembro está marcado o leilão do Canindé, casa da Lusa.
Tribo sem cacique
Na última sexta-feira, o então superintendente da Fundação Municipal de Esportes (FME), Silvio Bertolini, foi exonerado do cargo. Natural: Bertolini, do Partido Ecológico Nacional (PEN), faz campanha para o prefeito da coligação, Jones Bosio. Nenhum nome foi apontado para ocupar o cargo, tanto pela proximidade com as eleições quanto pela instabilidade política, com recurso de Roberto Prudêncio Neto aguardando decisão.
Se as arquibancadas do estádio Cônsul Carlos Renaux pudessem falar, tagarelariam sobre o futebol. O estádio faz parte da história do esporte em Santa Catarina, e teve a presença de ilustres torcedores acompanhando o Paysandú. Em destaque na imagem estão Otto Renaux e Beno Schaeffer, como de costume nos anos 1940, usando trajes sociais para acompanhar a partida.
Rebaixamento da FME
Grande parte dos candidatos a prefeito de Brusque afirmam pretender dissolver a Fundação Municipal de Esportes (FME), rebaixando a entidade que possui autonomia – na medida do possível – nas questões do esporte da cidade para uma pasta anexa a outras secretarias. Um retrocesso, como já comentado anteriormente na coluna. A fundação foi uma conquista dos entusiastas desportivos da cidade.
Será que voltam?
O ex-presidente do Marcílio Dias, Marlon Bendini, vem afirmando que não é certeza o retorno dos atletas que estão emprestados ao Marinheiro para o Brusque na próxima temporada. Se é a euforia pelos resultados recentes ou se o homem sabe de alguma coisa, fica difícil dizer. Fato é que ele colocou uma pulga atrás da orelha ao afirmar que “se as coisas forem certinhas, vocês acham que eles vão querer sair daqui?”.