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Prazo para inscrições no Fies termina hoje, mas alunos ainda têm problemas

Cinco cursos da Uniasselvi estão bloqueados no sistema do governo federal

Termina nesta quinta-feira, 30, o prazo para as inscrições de novos contratos para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), no entanto, os calouros dos cursos de Administração, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, Elétrica e da Produção da Uniasselvi/Assevim de Brusque não conseguiram fazer a contratação do Fies. De acordo com a diretora da instituição, Graziele Beiler, na hora de fazer a inscrição no programa, os estudantes desses cinco cursos são impedidos de finalizar o cadastro. “Faz mais de um mês que os calouros desses cursos não conseguem se inscrever porque o governo bloqueou. Não tivemos nenhum comunicado oficial sobre isso, o que sabemos é que quando os alunos tentam se inscrever, o sistema diz que já excedeu o número de vagas para este curso”.

Graziele lembra que dos 700 alunos da instituição em Brusque, cerca de 45% fazem parte do Fies. O problema, no entanto, só acontece com os calouros dos cursos mais procurados da instituição. “Os demais cursos, os calouros conseguem aderir ao Fies normalmente”, afirma.

Para que os calouros dos cursos afetados não deixassem de estudar, a instituição ofereceu um parcelamento especial – uma espécie de financiamento próprio da Kroton, empresa gestora do grupo Uniasselvi.
De acordo com Graziele, o parcelamento é no mesmo modelo do Fies, mas com juro zero. “O aluno financia esse semestre, e vai pagar em 18 meses após formado com juro zero”, explica.

Em torno de 200 alunos aderiram ao parcelamento na instituição. “Os calouros que não conseguiram fazer Fies, só estão estudando porque a Kroton liberou o financiamento. Se não fosse assim, no mínimo, esses 200 alunos deixariam de cursar a faculdade. Somos uma empresa privada, que visa o lucro, mas também temos o lado social que é o desenvolvimento das pessoas, nos preocupamos muito com isso, e essa alternativa do parcelamento veio para ajudar”, afirma.

Para os alunos antigos, a situação segue normal. Apenas 40 estudantes ainda não realizaram o aditamento ou renovação de seus contratos, porém, para eles, o Ministério da Educação (MEC) prorrogou o prazo até o dia 29 de maio.

Unifebe realiza 102 inscrições

No Centro Universitário de Brusque (Unifebe) já foram realizados 102 novos contratos pelo programa federal, válidos para o primeiro semestre deste ano. De acordo com o vice-reitor da instituição, Alessandro Fazzino, por enquanto, os problemas enfrentados no início do ano com as mudanças das regras do programa foram superados. No entanto, a universidade ainda não tem garantias de quando deverá receber o pagamento dos novos contratos pelo governo federal.

“O Fies representa hoje de 15% a 20% da nossa receita, então é muito importante. A nossa parte nós fizemos, o que fica agora é a dúvida de quando vamos receber desses contratos. Até agora, entrou um valor muito pequeno, a nossa expectativa é que agora no mês de maio, a situação se normalize”, diz.

Segundo ele, os aditamentos dos alunos que já foram contemplados pelo programa estão garantidos. “Já os contratos novos dependem mais de uma questão orçamentária do governo federal, por enquanto, os alunos que ingressaram no Fies neste ano, podem ficar tranquilos. É bom deixar claro que não se trata de travas da instituição, e sim, do governo. Não sabemos como isso vai evoluir, como vai acontecer essa continuidade”, ressalta.

Até agora, a Unifebe realizou 453 aditamentos de contrato. Problemas no sistema continuam dificultando a vida dos universitários. “Até o dia 24 de abril, 187 alunos ainda não haviam conseguido aditar por problemas do sistema. Esperamos que até o fim de maio isso seja solucionado”.

Mudanças no Fies

Este ano, o Fies passou a ter novas regras e limitações. Antes, a adesão podia ser feita durante todo o ano e não havia limite de nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Agora, o estudante que obtiver média inferior a 450 pontos no Enem não poderá se inscrever no Fies. O candidato também não pode tirar nota 0 na redação. Estão isentos dessa regra os professores da rede pública matriculados em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia.

Em relação aos cursos, estão sendo priorizados para os novos contratos os que obtiveram nota 5 – pontuação máxima dada pelo Ministério da Educação (MEC). Para os financiamentos de graduações com nota 3 e 4, serão considerados alguns aspectos regionais, priorizando localidades e cursos que historicamente foram menos atendidos.