Pré-candidato ao Senado, Napoleão também é cotado para concorrer a governador
O ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, esteve em Brusque ontem para proferir uma palestra na Unifebe.
Em visita ao jornal O Município, ele comentou sobre o cenário político catarinense e nacional, assim como as possibilidades de candidatura do seu partido, o PSDB. Apesar de ser apontado como possível nome a governador pelo partido, Napoleão se declara pré-candidato ao Senado.
Questionado sobre as possibilidades de coligação, Napoleão afirmou que o fechamento dos acordos ainda está muito distante, devido ao calendário eleitoral, que joga apenas para agosto as definições em convenções partidárias.
O que ele garante, contudo, é que o PSDB catarinense terá candidato a governador, sendo o nome oficial para concorrer o do senador Paulo Bauer. Coligações, afirma, são possíveis com vários partidos.
“Não temos veto ao MDB, ao PSB, queremos governador com os melhores quadros de Santa Catarina”, afirma. Ele afirma, entretanto, que se os partidos tivessem que bater o martelo hoje, ainda não haveria acordo, e teríamos candidaturas próprias de PMDB, PSDB, PP, PSD, entre outros.
Questionado se o partido abriria mão da cabeça da chapa em uma coligação, Napoleão foi enfático ao dizer que há unanimidade dentro da sigla pela candidatura própria.
O tucano aposta que a candidatura do seu partido à Presidência da República, do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, irá decolar com a aproximação da data do pleito. Hoje patinando nas pesquisas, Alckmin é visto por Napoleão como um bom gestor, tendo em vista os indicadores do estado que governou por quatro vezes.
“Se fosse um país, São Paulo seria o segundo maior da América Latina. Se temos a opção de votar em alguém que o governou por quatro vezes, com indicadores bem sucedidos, na hora H o bom senso vai prevalecer”.
O pré-candidato diz não estar surpreso com o fato de que os dois candidatos que lideram as pesquisas são de extremos políticos: o ex-presidente Lula, que está preso, e Jair Bolsonaro.
“A política vive momento de turbulência e dificuldade, é natural que se fale dos extremos. Mais perto das eleições as pessoas vão começar a analisar melhor as alternativas, e uma alternativa mais equilibrada deve ganhar força com a aproximação do pleito”, afirma.