Pré-candidato a deputado federal, Zé Trovão dá primeiros passos visando eleições de 2022
Advogado do caminhoneiro detalha situação
O caminhoneiro joinvilense Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão (PL), dá os primeiros passos para a pré-candidatura a deputado federal nas eleições de 2022. Militante pró-Bolsonaro, ele teve prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em setembro, porém teve liberdade concedida em fevereiro deste ano.
O inquérito, de autoria de Moraes, apura suspeita de convocação da população para atos violentos às vésperas do Dia da Independência em 2021.
Filiação ao PL
Em abril, Zé Trovão se filiou ao PL, partido de Bolsonaro, visando a disputa eleitoral. De acordo com o advogado do joinvilense, Levi de Andrade, não há nada do ponto de vista jurídico que impeça uma eventual candidatura do caminhoneiro nas eleições.
Em fevereiro deste ano, o STF revogou a prisão domiciliar, mas manteve a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica. “Não há problema para a pré-candidatura, pois ele não tem condenação. O Zé Trovão está cumprindo a medida cautelar e não é ficha suja. Ele só está com problemas nas redes sociais, mas está autorizado a percorrer Santa Catarina e pode participar da pré-campanha”, diz.
Quando o ministro Alexandre de Moraes concedeu prisão domiciliar ao caminhoneiro, o uso das redes sociais continuou restrito. O advogado esclarece também que Zé Trovão não pode conceder entrevista sem a autorização do relator do inquérito no qual é investigado.
Entretanto, apesar das restrições envolvendo o uso das redes sociais, Levi comenta que o caminhoneiro realiza as atividades de pré-candidatura normalmente e percorre o estado para participar de eventos do partido e com simpatizantes.
Conforme apurado por O Município Joinville, a cúpula que toma as decisões no PL-SC mantém o nome de Zé Trovão na lista de pré-candidatos do partido, cogitando realmente a possibilidade de o caminhoneiro disputar as eleições.
Inquérito, México e prisão
Após semanas foragido, Zé Trovão se entregou à Polícia Federal em Joinville no dia 26 de outubro para dar início à prisão preventiva. Após a suposta convocação para atos violentos no Dia da Independência, o caminhoneiro foi para o México e chegou a pedir asilo político no país.
Desde que o mandado de prisão foi expedido, diversos pedidos de habeas corpus foram feitos ao STF. Porém, nenhum deles foi aceito. Um pedido para a revogação da prisão também foi negado. Do México, Zé Trovão se comunicava com simpatizantes por meio do Telegram.
Após meses, Alexandre de Moraes concedeu prisão domiciliar ao caminhoneiro e, depois, revogou a prisão, mas manteve a determinação para uso de tornozeleira eletrônica. Visando as eleições, se filiou ao PL, apesar de ser cotado inicialmente no PTB.
Segundo o colunista Raul Sartori, o desejo de Zé Trovão em ser pré-candidato a deputado federal em Santa Catarina teve aval do presidente estadual do partido, senador Jorginho Mello, que é pré-candidato a governador.
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