Preço da gasolina aumenta R$ 0,22 em menos de um mês em Brusque; saiba os motivos
Valor médio do combustível do tipo comum na cidade é de R$ 4,69
Valor médio do combustível do tipo comum na cidade é de R$ 4,69
O ano começou com reajuste da gasolina. Até agora, foram dois aumentos repassados aos postos que, consequentemente, são levados para o consumidor.
O primeiro reajuste do ano nas refinarias foi em 18 de janeiro, quando a gasolina ficou 8% mais cara e o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 1,83 para R$ 1,98 por litro.
Na semana passada, a Petrobras anunciou um novo aumento, de mais 5%. Ao todo, a alta dos combustíveis pela estatal já chega a 13,4% neste ano.
Além dos dois reajustes da Petrobras, os postos catarinenses devem ter um novo aumento nos próximos dias. Tudo porque na segunda-feira, 1, entrou em vigor a nova tabela de preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF), determinada pelo governo estadual. É com base nesta tabela que é feito o cálculo dos 25% do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS).
O secretário-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Litoral Catarinense e Região (Sincombustíveis), Cesar Ferreira Júnior, explica que com o reajuste da tabela, os combustíveis devem ficar em torno de R$ 0,03 mais caros.
“Quinzenalmente o Confaz recebe todas as informações dos estados da federação, que fazem uma média de preço da bomba. Desde segunda-feira, o governo de Santa Catarina que cobrava os 25% do ICMS em cima de R$ 4,33 passou a cobrar de R$ 4,45. Além dos reajustes da Petrobras temos mais esse”.
De acordo com ele, não tem como os empresários segurarem o preço para o consumidor final com tantos reajustes.
“Infelizmente, as coisas estão andando num ritmo preocupante para o consumidor e para o empresário. A nova política da Petrobras está alterando o preço da gasolina duas a três vezes no mês. Está muito pesado. E se sobe a gasolina, tudo sobe junto, é um efeito dominó”.
Ferreira Júnior diz ainda que não há como falar sobre o preço na bomba porque cada estabelecimento tem sua particularidade. O mercado dos combustíveis é de livre concorrência.
“Alguns trabalham 24h, pagam aluguel, aí tem os funcionários, carga tributária que é grande. Cada estabelecimento tem sua planilha de custos. Até formar o preço final tem uma série de acontecimentos. Ultimamente está difícil se programar. De dezembro até agora tivemos cinco reajustes, qual empresário que suporta?”.
Nas primeiras semanas de janeiro, a gasolina comum em Brusque estava custando uma média de R$ 4,47. Agora, menos de um mês depois, o preço médio do combustível na cidade, de acordo com levantamento realizado por O Município, é de R$ 4,69.
A reportagem entrou em contato com dez postos na terça-feira, 2. Desses, o preço mais baixo foi R$ 4,66 e o mais caro, R$ 4,80.
A reportagem também entrou em contato com postos de Itajaí. Lá, o menor preço pelo litro de gasolina comum é de R$ 4,33, já o maior é de R$ 4,78. A média de preço na cidade vizinha é de R$ 4,59, ou seja, R$ 0,10 menor do que em Brusque.