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Prefeito avalia possibilidade de transformar margem esquerda da Beira Rio em mão dupla

Ari Vequi comenta sobre impactos da troca de tráfego na infraestrutura de Brusque

O vereador André Rezini (Republicanos) enviou um requerimento à Prefeitura de Brusque em que solicita um estudo sobre a possível transformação da margem esquerda da Beira Rio em mão dupla. A justificativa do parlamentar é “pelo pouco movimento de veículos que têm se utilizado na via, frente a possibilidade de fazer com que a rua propicie novas rotas, facilitando a mobilidade da região”.

O prefeito Ari Vequi explica que a margem esquerda da Beira Rio foi planejada para ser uma via de mão rápida. No entanto, durante a construção, foi preciso discutir e ceder alguns acessos para avenida.

“Estamos discutindo agora, e deve ser pavimentado até o fim de semana, o acesso próximo à estação de tratamento de água da Renaux View. Já vai dar para Beira Rio mais 3,5 quilômetros de duplicação. Acredito que até em 15 dias ela estará duplicada até esse trecho”, pontua.

Impactos do túnel

Segundo o prefeito, o diretor de Trânsito da Secretaria de Infraestrutura Estratégica, Renato Bianchi, já realizou um estudo para levar a Beira Rio até a ponte estaiada Irineu Bornhausen. No entanto, no meio do caminho existe o túnel embaixo da ponte Arthur Schlösser, que é considerado como um “grave problema” pela gestão municipal.

“Aquele túnel tem 3,2 metros (de altura), então não tem como passar dois ônibus ou dois caminhões pequenos de baixo da estrutura. Quando chega ali, a tendência dos carros é vir para o centro do túnel. Ali, se fizermos a mão dupla, temos que modificar o túnel e, automaticamente, parar a ponte”, explica Ari.

No entanto, o prefeito enfatiza que a opção só será estudada ou concretizada quando for finalizada a ponte que ligará a rua João Bauer com o Pavilhão da Fenarreco. A obra ainda não foi licitada, pois a Caixa Econômica Federal ainda não deu a liberação.

“No futuro poderá ser mão dupla talvez até a ponte estaiada, só que para isso terão que ser modificadas algumas coisas e uma delas é o túnel”.

Estrutura da ponte

O prefeito comenta que para fazer a troca de tráfego na via seria necessário fazer um projeto para alongamento da cabeceira da ponte do terminal urbano, que deve passar de R$ 1 milhão.

“Primeiro tem que fazer o projeto para ver se há possibilidade, pois ali não há pilares na ponte, é uma proteção do rio. É um túnel liner que além de usar a estrutura, também utiliza como proteção. Se for fazer um prolongamento, teria que mexer na estrutura da ponte. Não dá para aumentar o tamanho do túnel que já está no tamanho certo, teria que fazer semelhante ao que foi feito na ponte do Bombeiro”, diz.

Segundo Ari, na Ponte Mário Olinger foram construídos 16 metros de vão para passar caminhões e carretas na via, tanto na margem esquerda como na direita. Ele também relembra que a estrutura da ponte Arthur Schlösser já foi mexida diversas vezes e que há poucos anos o pilar caiu que precisou ser recuperado.

“É um estudo de depende muito da área técnica do que da área política, que só depende do valor da obra. Mas só poderá ser estudado ou projetado a partir do momento que tivermos uma nova ponte para ligar ao Centro e não atrapalhar o trânsito”.

Acessos para via

O prefeito defende que deve ser realizado o maior número de acessos possíveis à Beira Rio. “A mão direita quando se fala, dos acessos que têm, nós implementamos, durante o governo em que eu era vice, cinco novos acessos. Isso é normal e natural com o desenvolvimento da cidade”.

Ari enfatiza que um dos objetivos da gestão é dar continuidade as obras, independente de quem começou. Ele cita que os próximos acessos em discussão são o River Mall e próximo à rótula do Steffen. No entanto, ambos envolvem desapropriação ou questões judiciais. “Onde tem possibilidade de fazermos amigavelmente, nós vamos avançar”, explica.

“Eu sou favorável aos novos acessos, isso é um processo natural para mim, para que possamos evoluir. Estamos buscando acessos sempre. Tanto é que nem inauguramos a obra ainda e já estamos construindo na estação de tratamento da Iresa que tem quatro quilômetros e será duplicada em 3,5 km”. Ele ainda explica que os acessos são discutidos conforme aparecem as necessidades.

Diferença entre as margens

O prefeito diz que não é possível comparar o fluxo de carros entre as margens da Beira Rio, já que uma tem mais de 30 anos e também faz a ligação com Brusque, Guabiruba e Botuverá.

“Outra questão é o volume de caminhão ultrapassando na margem direita, deixando ela lenta e com acidentes. Quase todo dia tem acidente lá. Se for igual a outra, também aumentará o número de acidentes e de problemas que possa ocasionar. A margem esquerda nós imaginamos que não terá um grande número de caminhões, pois não há ligação com Guabiruba, Botuverá ou Nova Trento”, diz.

O prefeito explica que como a margem direita é uma importante via de ligação com os municípios vizinhos, o trafego de veículos pesados nela também é grande. “Com o crescimento do comércio na rodovia Antônio Heil, muitos caminhoneiros utilizam a Beira Rio. Então é diferente uma avenida da outra”, finaliza.


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